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Mosaico Arquitetônico
Seta Historia Mosaicos mosaicos

Na época de 1900 houve uma inclinação a se reavaliar a arte musiva sobretudo no que diz respeito a decoração arquitetônica, para a qual geralmente foram adotadas as tendências e os estilos que estavam na moda na pintura. Um exemplo disso são os grandes mosaicos que revestem a Cidade do México (veja página dedicada ao mosaico no méxico*). Na Itália, não faltaram artistas versáteis que no decorrer de suas pesquisas pessoais de expressão se encontraram com a técnica do mosaico (Aldo Carpi, Pietro Cascella, Felice Casorati).

Na arquitetura, além dos espaços internos, o mosaico é utilizado para revestimentos externos de fachadas, fontes, piscinas e esculturas.

O mosaico permite aos arquitetos embelezar em modo original e eficaz inteiras fachadas ou criar pequenos particulares, dando cor e forma a partes de edifícios que passariam desapercebidas. Cada revestimento dos edifícios realizado colocando lado a lado pastilhas moduladas, pode ser considerarada um mosaico, mas apenas se define como mosaico se as pastilhas forem de dimensão reduzidas. No caso de revestimentos externos, depende da extensão das supercíficies a serem cobertas. Se utiliza normalmente cerâmica ou vidro para esse fim.

Um belíssimo exemplo de utilização criativa do mosaico em cerâmica, nos oferece a obra de Antonio Gaudì*, arquiteto do modernismo catalano. Ele combinou magistralmente o mosaico com fragmentos de cerâmica para dar uma atmosfera honírica e mágica aos seus edifícios, ainda visíveis em Barcelona.

Antonio Gaudì, (1852-1920), arquiteto excepcional, com módulos linguísticos sem comparação, seguiu um esaltante fervor místico modulando os espaços arquitetônicos como massa de pensamento fluido, gelatinoso e então endurecido, petrificado durante a frealização. Em planos horizontais, inclinados, em camadas e em linhas dinâmicas, no monumento da Sagrada Familia, se seguem massas instáveis, volumes heterogêneos; elementos em perspectiva revestidos de esmaltes de vidro.

Gaudì foi um mosaicista anômalo: realizou superfícies musivas de fragmentos, superfícies musivas com uma oscilação de luminosidade; superfícies de azulejos, superfícies luminosas, superfícies lúcidas, superfícies sinuosas, superfícies multifacetadas e conjuntos coloridíssimos. Completou insólidos contrastes de cores complementares; contraste entre azul escuro, azul claro, violeta, amarelo e laranja; contraste entre verde, azul, violeta, vermelho e laranja. Concebeu a combinação do azul e do branco: encontro de água marinha e espuma do mar; combinação de céu e nuvens. Usou pedra combinando-a a azulejo decorado, ferro e tijolo, madeira e vidro que se entrelaçavam, se compenetravam envolvendo-se um no outro em um sucessivo de representações ricas de espaços cheios e vazios, de protuberâncias, retrações, dilatações.

Em Gaudì se fundiram o arquiteto, o pintor, o mosaicista. O seu modo de fazer mosaico é anômalo, é como quebrar sem decompor, é tirar a rigidez do interno para obter pequenas partes que, mesmo sendo rígidas, obedecem à reunião imediata sob a forma desejada, inventada pelo artista e que representa o mosaico na Espanha.

Em Paris nasceu com Charles Garnier uma nova arquitetura com o máximo interesse no mosaico. Na Ópera de Paris (Opéra di Parigi), uma construção monumental deste arquiteto, decorações musivas foram inseridas com o objetivo de acentuar a suntuosidade dos espaços.

"A obra de arte musiva deve respeitar a arquitetura, deve ser integrada, mas deve permanecer como uma obra de arte original, criada por um pintor mosaicista, concebida como um meio de expressão autônomo e autêntico, situada filosoficamente e historicamente no próprio tempo, com o respeito da sua própria individualidade e presença."- Gino Severini*, que na primeira metade do século XX secolo criou em Paris a Escola Italiana e Arte (Ecole Italienne d'Art), endereçada prevalentemente a grandes decorações públicas.

 

 

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