Seta Historia Mosaicos

Os vitrais tradicionais com liga de chumbo foram desde a antiguidade retocados com os esmaltes a fim de ressaltar os particulares e criar sombras que as simples junções de vidro colorido não eram capazes de produzir. Se pode aplicar indiferentemente à técnica Tiffany* ou tradicional, onde as linhas de junção, sejam essas em chumbo ou em estanho, se fundem às linhas do desenho formando un todo. A técnica permaneceu invariada nos séculos e exige a preparação do modelo em papel. Aquilo que nos cabe sotolinear é a importância absoluta que assume a preparação do desenho sob papel transparente (especialmente usado para reproduzir desenhos técnicos) onde deverão ser evidenciadas as linhas-guia e o claro-escuro das sombras. Este desenho constituirá, como veremos, na orientação seja para a emolduração que para o acabamento e poderá ser preparado com um lápis macio ou com carvão.
Uma vez limpos e retirada a gordura de cada pedaço de vidro, se procede na preparação da grisaglia que será misturada em água e a uma pequena quantidade de goma arábica: com uma espátula se impasta adicionando água até que se obtém uma mistura com uma consistência justa. Com um pouco de experiência se aprenderá a dosar corretamente os elementos e em particular a goma arábica, cuja presença escarsa ou excessiva poderá comprometer o acabamento.
É possível encontrar no comércio a grisaglia em diversas cores, desde o preto até várias tonalidades de marrom, do verde-acinzentado até o amarelo e laranja com reflexos avermelhados.
A primeira fase consite na aplicação dos detalhes do contorno. Depois de ter apoiado os vidros sobre um papel transparente que serve de modelo (possivelmente utilizando uma base de apoio transparente com uma forte luz por baixo de maneira a facilitar a visibilidade do modelo debaixo do vidro), se começa a traçar as linhas que guiarão o trabalho. Se utilizam pincéis de diversos tamanhos, em função das dimensões do desenho: desde os mais grossos para as linhas principais aos mais finos para os detalhes mais sutis. A linha deve ser contínua e firme: em caso de erro é necessário deixar enxugar e retirar com uma lâmina fina.
Uma vez que o contorno é definido e já está enxuto, as peças de vidro são inseridas num forno horizontalmente e levadas a uma temperatura de cerca 650°C sendo depois resfriadas lentamente. Neste ponto o contorno não pode mais ser removido e se passa à fase de acabamento. A grisaglia se prepara do mesmo modo e se estende sobre todo o vidro com uma pincelada macia passando-se horizontalmente e verticalmente, distribuindo-a em modo uniforme. Com o modelo como base se começa a dar profundidade ao desenho retirando a grisaglia nos pontos mais iluminados. Então se passa aos outros meio-tons utilizando o instrumento que possa ser útil (pincéis macios, duros, objetos de vários tipos). É necessário fazer esse trabalho com cautela porque se se retira erradamente em um ponto se é obrigado a recomeçar estender a grisaglia sob toda a superfície novamente. Para fixar também este abamento em modo definitivo os vidros devem ser novamente cozidos a 650°C.
É possível também executar o cozimento das peças somente uma vez depois dos de realizados os contornos e o acabamento fazendo-se atenção a não utilizar como reagentes vinagre para misturar a grisaglia dos contornos e água para o acabamento, rendendo assim incompatíveis entre eles os dois passos e evitando de desfazer e cancelar o trabalho já executado.
A este ponto se pode passar, onde necessário, cores (opacas ou transparentes) e esmaltes, na frente ou no avesso dos vidros que sucessivamente serão fixados mediante um cozimento de 550°C.
Finalmente recordamos que o amarelo de prata, que por composição química não é compatível com a grisaglia, deverá ser necessariamente aplicado sobre o avesso. Se trata de um pó muito caro que é diluído com água e com uma pequena quantidade de goma arábica. Se aplica e depois se retira onde ele não é desejado, como vimos anteriormente para a grisaglia. Depois do cozimento, com uma esponja umedecida, se limpam os resíduos indesejados. Permite a criação de efeitos extraordinários em combinação com as diversas cores de vidro: confere profundidade e calor ao amarelo, cria reflexos verdes associados ao azul, etc.
A este ponto as peças de vidro estão prontas para serem ligadas entre elas com a técnica Tiffany ou, em modo mais clássico, com a técnica tradicional.
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