Seria tremendamente injusto dizer que CROF é apenas um cantor e compositor que busca seu lugar ao sol na cena independente carioca. Quem o conhece bem, sabe que sua veia artística é tão forte, mas tão forte, que o aponta, sem o menor exagero, como um artista completo.
Também pudera! Desde muito cedo, CROF respira arte, seja ela em forma de palavras - que se transformaram com o tempo em belíssimas poesias (CROF também é autor do livro “Sol e Lua Embaixo de Chuva”, lançado ano passado pela Editora Multifoco) -, ou de acordes, os que, hoje, escolhe e utiliza cirurgicamente como suporte para emocionantes letras.
Com aproximadamente 15 anos de carreira, sem ao menos ter completado 30 anos de idade, CROF faz malabarismo com o tempo, o qual divide entre a consultoria em marketing esportivo da empresa Klefer e, obviamente, a música, sua verdadeira e maior paixão.
Sua estreia no mercado fonográfico se deu em 2009, quando foi convidado pelo produtor Marcelo Fróes para a difícil missão de reinventar a canção “Cosmically Conscious", de Paul McCartney, para o projeto “As Outras Cores do Álbum Branco”, segundo CD da trilogia comemorativa aos 40 anos do “Álbum Branco”, que teve ainda a participação de nomes como Biquini Cavadão, Lobão, Paulinho Moska, Zé Ramalho e Zélia Duncan, entre outros gigantes da música brasileira.
Ali, mesmo diante de tantas estrelas, CROF deu de ombros para qualquer sombra de insegurança e fez valer o convite do produtor. “Chamei-o de supetão, quando fui apresentado ao seu trabalho por Rodrigo Sabatinelli, em meados de 2008. Ele gravou a faixa rapidamente e me mandou. O resultado é muito bom. Me lembra “Right Here, Right Now”, do Jesus Jones”, disse Fróes, à época do lançamento do tributo.
Atualmente, CROF se prepara para lançar seu primeiro álbum solo, o que poderíamos chamar de um apanhado de megahits, dada a enorme quantidade de músicas com apelo radiofônico, porém, de indiscutível qualidade. Entre os destaques do trabalho estão “No Seu Olhar”, balada com cara de trilha-sonora de novela global; "A Saudade de Correr Nu", parceria com Renato Barros, líder da lendária banda de rock Renato & Seus Blue Caps; “Toda Canção de Amor” e Me Queira Bem”, que remetem com propriedade aos bons e velhos tempos do iê-iê-iê, e “Mil Histórias”, um pop vigoroso com letra pra lá de marcante.
Por Rodrigo Sabatinelli
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A Folha
A folha*
(Alexandre Crof, Augusto Manso e Carlos Jannarelli)
Era uma vez uma folha livre
Que um dia só se soltou da árvore
Uma folha que ainda não tocou o chão
Ela só quer voar sem direção
Ela voa só
Mostra ao destino o que é melhor
E ela voa assim
Como alguém que o vento guiará
Alguém que eu quero ser
Dorme sem pensar no seu dia amanhã
Deixa se levar a um caminho, um lugar
Uma folha que não tem nenhum receio
Ela não quer mais viver em vão
Ela voa só
Mostra ao destino o que é melhor
E ela voa assim
Como alguém que o vento guiará
Alguém que eu quero ser
Música produzida por: Dan Sebastian
Gravado no Estúdio Casa do Mato/RJ