Seta Historia Mosaicos

história do mosaico veneziano
mosaico tipo veneziano
palladiana tipo veneziano
palladiana com método direto
método antigo do cocciopesto
o terraço tipo veneziano
o semeado
a evolução do semeado
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História do Mosaico Veneziano
A gloriosa República de Veneza em 1441 constituía uma soma de normas que regulamentavam o trabalho dos vidraceiros chamados " la Mariegola" que recitavam: "A arte dos vidraceiros não deve ter outro lugar onde ser exercida que não seja a Ilha de Murano, a qual foi já por vários séculos transportada por Veneza, próxima de tudo a si mesma, e sem dispersões de artesões vidraceiros nem dos operadores dos fornos apropriados para esse fim, podendo assim ser mais facilmente protegida e observada". E é ali como o será sempre, que nasceu esse vidro, um segredo conservado e guardado no tempo na bela Ilha de Murano.
Uma especialidade documentada desde o final do período medieval onde excelentes mestres vidraceiros de Murano têm exercido uma antiga técnica de trabalho do vidro em finos tubos de variadas cores com diversas formas a flores de onde nascem pérolas chamadas "millefiori" (mil flores). Com um antigo estilo e paciência estas pequenas pérolas de vidro são colocadas manualmente uma a uma em reprodutores apropriados, variando de diâmetro, seguindo precisos desenhos geométricos.
Sucessivamente o mosaico criado é colocado num forno em especiais fôrmas onde depois de muitas horas as pérolas de mil flores se fundem entre elas criando uma composição ao estado natural, bruta. O seu trabalho se completa com a colocação das finas lâminas douradas ou prateadas, a lustração e por fim com a aplicação do acessório.
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Mosaico Tipo Veneziano
É a pavimentação realizada semeando detritos de mármore sobre cimento. Depois de ter preparado o leito de cimento, este composto é distribuído em torno do mosaico, seguindo o molde e combinando as cores com aquelas do motivo central.
A operação de bater: os detritos são amassados para que penetrem no cimento e depois são nivelados. A pavimentação com a técnica veneziana é muito vasta e, conseqüentemente, é organizada com base ao trabalho possível de ser realizado no dia.
Depois de ter terminado a composição, é necessário esperar que o cimento endureça ao ponto de se poder caminhar sobre ele. A este ponto é possível se limpar o pavimento dos excessos de cimento e lixar a superfície em mármore.
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Palladiana Tipo Veneziano
A técnica palladiana adquire esse nome do grande arquiteto da região do veneto de 1500, Palladio, que a utilizou em vasta escala. A palladiana consiste em combinar pastilhas de mármore de tamanho superior às comuns pastilhas para mosaico, e lixá-las sucessivamente a fim de se obter uma superfície brilhante.
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Palladiana com Método Direto
É indicada sobretudo para zonas limitadas da pavimentação. As zonas de trabalho são delimitadas por pastilhas de mármore para mosaico.
A superfície de trabalho tem uma base bem nivelada com um impasto de cimento e grãos finos de mármore que combinam com as cores das pastilhas maiores da palladiana.
Os espessores variam com base aos grãos da palladiana.
A mármore é semeada e batida com a empenadeira, se elimina o cimento em excesso e, quando este se seca, se passa à limpeza e à lustração da superfície.
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Método Antigo do Cocciopesto
O "cocciopesto" (cerâmica pisada) era um antigo material usado pelos fenícios para a construção de superfícies pavimentais. Transportado depois a Cartagine e a Roma, o sistema de pavimentação se transformou lentamente com o inserimento de pequenas pastilhas decorativas. Em época romana o cocciopesto passa a ser o suporte para as pastilhas romanas.
Para obter o coccio (terracotta) os romanos reduziam telhas ou tijolos cheios ou ainda resíduos de cerâmica cozida descartadas.
O material era pisado e então examinado com um coador fino; o pó obtido era colocado à parte.
Com um coador de textura mais grossa se avalia o material que sobra. No coador restam resíduos ainda mais grossos, o que permite obter três tipos diversos de grãos, que terão cada um uma função diversa.
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O Terraço Tipo Veneziano
Os pavimentos monolíticos em granulação se inspiram na pavimentação em batido à veneziana executados com metolodolgias e técnicas absolutamente inovativas.
O terraço à veneziana (batido) não é considerado como os pais pobres do mosaico pavimental, mas é seguramente o avô. O mosaico pavimental nasce efetivamente com as estensões cromáticas compostas dos elementos coloridos assim como o gosto pela cobertura dos interiores deriva com toda a probabilidade da grande experiência helenística do Egeo, de Pergamo.
O nome que se usava na Grecia para indicar uma obra musiva significava pedra, fragmento. Efetivamente ao início da história da decoração pavimental, os primeiros mosaicos no chão da época helenística não eram executados com pastilhas de pedras importantes ou de vidro, mas simplesmente com pequenas pedras redondas e lisas as quais colcadas juntas formavam a divisão decorativa do solo.
Quando passa através da experiência romana este sistema de pavimentação com pedras arredondadas vem definida "opus musivum", porque era utilizada nos locais dedicados às musas, lugares que eram destinados particularmente à cultura e à arte. Da denominação "opus musivum" se passou a "obra musiva", mosaico.
O pavimento musivo obteve a máxima perfeição no final do Império Romano (veja página dedicada ao mosaico romano*), na época paleocristiana e bizantina (veja página dedicada ao mosaico bizantino*). O evento do cristianismo (veja página dedicada ao mosaico e cristianismo*) fez prevalecer o mosaico sobre a pintura.
Com o evento das invasões bárbaras essa arte que contiunou a ser passada de geração em geração através do tempo por percursos misteriosos. Assim, a um certo ponto, o mérito ornamental foi dos artesãos friulani que construíram a famosa pavimentação com as pedras arredonadadas de diversas cores recolhidas no leito do rio Meduna; a chamaram batida e a levaram a Veneza onde este trabalho se desenvolveu e teve acesso às associações de arte em 1586.
È realmente em Veneza que ha aproximadamente cinco séculos se continuam a produzir superfícies cromáticas de refinada beleza, de longa duração e de fácil manutenção.
Mas não é tudo. A originalidade se pode admirar também nas coisas mais simples, mais humildes. Basta caminhar internamente em um velho edifício ou em uma moderna e modesta casa e pisar o pavimento. Aparecerá uma espécie de síntese de "arquitetura vista dos pés", uma espécie de síntese de toda a arte de construção a veneza: primeiramente as cores, as luzes, depois o resto, reflexo. O terraço tipo veneziano aparecerá assim uma superfície homogênea, colorida, quente e ao mesmo tempo macia.
Os artesãos de terraços tipo veneziano eram encontrados trabalhando nas casas boêmias e ûngaras, na Dinamarca, e ainda no século passado podemos encontrá-los construindo nada menos que os pavimentos da Casa Bianca em Washington organizados ao modo americano na American Mosaic Company.
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O Semeado
O semeado ou terraço tipo veneziano pode definir-se um descendenete do antigo pavimento "opus signinum", che Plinio il Vecchio descreve como um especial mosaico de origem grega. Tal pavimento, caracterizado pela falta de desenho, era composto de pedrinhas de rio dispostas em modo casual e cimentadas com cal e argila.
Na Itália, antigamente, era realizada uma mistura de "cocciopesto" (terracota pisada) e cal na qual eram inseridas pedras despedaçadas ou pequenos fragmentos de mármore. Exemplos típicos ressalentes ao primeiro século se encontram em Aquileia.
Veneza mais que outras cidades, permaneceu fiel a esta técnica mantida viva também nas regiões dos Friuli. O mérito de ter dado uma nova vida à pavimentação ornamental, descendente direto do mosaico pavimental de origem helênica, é do artesãos friuliani. Foram eles que levaram esta técnica a Veneza onde este trabalho se desenvolveu e foi introduzido entre as associações de arte em 1586.
Nos primórdios o pavimento veneziano pode ser entendido como uma evolução do mosaico pavimental, mas sucessivamente este mudou, seguindo os gostos da época, mas restando substancialmente fiel às tradições antigas.
Andrea Palladio, no primeiro volume de: " Os quatro livros da Arquitetura", cita os terraços venezianos de cocciopesto, de fragmentos minúsculos de pedra, etc, executado com técnicas definidas que já fazem parte das convenções da cultura arquitetônica. A primeira ilustração detalhada de um terraço foi publicada em 1590.
Resta entretanto sempre válido o conceito que é a experiência manual, juntamente do gosto cromático, o fator principal da beleza de um pavimento. Deste modo não é o projeto em si no sentido literal mas sim a mão do artista que escolhe a mármore de tamanhos e cores diversas, combinando-as entre elas.
Em torno ao ano 1600 e, ainda mais em 1700, este pavimento se difundiu com o nome de Veneziano em ambientes prestigiosos até Milão e Bolonha. Obviamente este tipo di pavimentação se difundiu também na Itália nas salas dos palácios mais importantes. Esteticamente o pavimento tendia sempre a tornar-se mais precioso com desenhos, bordas, inserimento de mármores importantes, mas a técnica e o espírito do método veneziano permaneceram inalterados.
O terraço tipo veneziano construído com cal apagado permite de se pavimentar superfícies ilimitadas sem ter que se interferir com técnicos de qualquer tipo e permite de se curvar o pavimento, de inserir na superfície desenhos de formas elegantes, fachas, flores entrelaçadas e barrados. Para se conseguir um efeito de entalhar o mármore se introduzem desenhos centrais e ornamentos de diversas cores, madrepérola, mármores preciosas e até mesmo pedras semipreciosas.
A liga tradicional é o cal: representa o ingrediente chave da execução do terraço batido. Se trata de cal apagada, ou seja, hidróxido de cálcio Ca (OH) 2. Esta antiga liga resulta do cozimento a 800 graus célsius (calcificação) da pedra arredondada de rio e de uma adição sucessiva de água. A elasticidade é boa e os resultados testemunham isso.
O emprego do cal permite efetivamente de pavimentar superfícies muito estensas sem sofrer com a dilatação (como por exemplo a Sala Maggior Consiglio a Palazzo Ducale de 1.200 mq) e de inserir sobre a superfície vários tipos de decoração e desenhos também muito complexos. Com uma manutenção a base de óleo e de eventuais estuques apropriados, estes pavimentos tem superado magnificamente a luta contra o tempo através dos séculos.
A inconveniência do cal é a lentidão em que se seca e daí então a necessidade forçada de tempos de trabalho muito longos. O fato devido à natural evolução que levaram a outras ligas consentiu de abreviar as fases de trabalho.
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A Evolução do Semeado
A partir das primeiras décadas de 1900, a passagem para o cimento (Seminato Genovese) consentiu de diminuir consideravelmente os tempos de execução do pavimento, uma vez que o mesmo há características de endurecimento e de adesão mais rápidos que o cal. Quimicamente, a rápida adesão e o endurecimento do cimento derivam da combinação de silicatos e de alumínio de cálcio com a água, com a consequente formação de partículas cristalinas duras.
Por outro lado, o emprego do cimento no lugar do cal, enrigesse o pavimento, e por isso uma superfície homogênea deve ter dimensões reduzidas. É necessário se recorrer a juntas de dilatação/contração para pavimentar grandes estensões. A vida deste tipo de pavimento é muito longa e a sua manutenção e limpeza é muito fácil, viceversa um notável inconveniente é a sua predisposição a fissuras devidas à dilatação do cimento ou mesmo ao movimento do solo.
No início do século também foram introduzidas o emprego de ligas sintéticas que substituem o cimento. Se trata de um material que tem uma elasticidade tal que consente a execução de pavimentos reduzindo o risco de formação de fissuras.
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