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Doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou para um uso subsequente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo de fundamental importância para o funcionamento de um hospital ou centro de saúde.

Todos os procedimentos médicos que demandam transfusão de sangue precisam dispor de um fornecimento regular e seguro deste elemento. Daí a importância de se manter sempre abastecidos os bancos de sangue por meio das doações, que não engrossam nem afinam o sangue do doador. É fácil e seguro, e não se pode mentir nem omitir informações, pois quem recebe o sangue pode ser contaminado.

Doar sangue é um procedimento simples, rápido, sigiloso e seguro. Para o doador em geral não há riscos, porém algumas complicações podem eventualmente aparecer:

  • Queda de pressão e tontura
  • Hematoma no local da picada
  • Náusea e vômito
  • Dor local e dificuldade para movimentação do braço
  • Desmaios


Topo da Pagina topo da páginaRequisitos Básicos Para a Doação de Sangue no Brasil

  • Estar em boas condições de saúde.
  • Ter entre 18 e 65 anos.
  • Pesar no mínimo 50kg.
  • Estar descansado e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
  • Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho e Previdência Social ou Passaporte).
  • Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem às doações.

 

Topo da Pagina topo da páginaImpedimentos Temporários
  • Gripe: aguardar 7 dias.
  • Gravidez: 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.
  • Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 4 horas que antecedem a doação.
  • Tatuagem nos últimos 12 meses.
  • Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, como não usar preservativo com parceiros ocasionais ou desconhecidos: aguardar 12 meses.


Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são estados onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 6 meses. Quem morou, aguardar 3 anos.



Topo da Pagina topo da páginaImpedimentos Definitivos

  • Hepatite após os 10 anos de idade.
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas.
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis.
  • Malária.

 

Topo da Pagina topo da páginaIntervalos Para Doação
  • Homens 60 dias: até 4 doações por ano.
  • Mulheres 90 dias: até 3 doações por ano.

Estes intervalos obedecem a normas nacionais e internacionais de segurança do sangue, do Ministério da Saúde, da Associação Americana e do Conselho Europeu de Bancos de Sangue. O alto rigor no cumprimento dessas normas visa oferecer proteção ao receptor e ao doador.

Honestidade também salva vidas. Ao doar sangue, seja sincero na entrevista.

Topo da Pagina topo da páginaQuem Não Pode Doar Sangue

Enumeramos algumas situações em que você não poderá doar sangue relacionando as principais causas de inaptidão à doação de sangue, entretanto, esta relação não esgota o assunto. Algumas situações não estão inclusas nesta lista e serão definidas no ato da triagem clínica pela enfermeira ou pelo médico que realizarão o seu questionário.

Você não poderá doar sangue se:

  • Tiver idade inferior a 18 anos ou superior a 65 anos 11 meses e 29 dias.
  • Tiver peso inferior a 50 kilos.
  • Estiver com anemia no teste realizado imediatamente antes da doação.
  • Estiver com hipertensão ou hipotensão arterial no momento da doação.
  • Estiver com aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos no momento da doação.
  • Estiver com febre no dia da doação.
  • Estiver grávida.
  • Estiver amamentando, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses.

Você estará impedido de doar sangue:

1) Por 48 horas:

  • Se recebeu vacina preparada com vírus ou bactéria mortos, toxóide ou recombinantes. Ex.: Cólera, Poliomielite (SALK), Difteria, Tétano, Febre tifóide (injetável), Meningite, Coqueluche, Pneumococo.
2) Por cinco dias:
  • Se ingeriu AAS (ácido acetil salicílico) ou qualquer outro medicamento que contenha AAS em sua composição.Exemplos: Aspirina, Sonrisal etc.
3) Por sete dias:
  • Se teve diarréia.
  • Após terminarem os sintomas de gripe ou resfriado.
  • Após a cura de conjuntivite.
4) Por duas semanas:
  • Após o término do tratamento de infecções bacterianas.
  • Após a cura de rubéola.
  • Após a cura de Erisipela.
5) Por três semanas:
  • Após a cura de Caxumba.
  • Após a cura de Varicela (Catapora).

6) Por quatro semanas:
  • Se recebeu vacina de vírus ou bactérias vivos e atenuados. Ex.: Poliomielite Oral (SABIN), Febre tifóide oral, Caxumba, Febre amarela, Sarampo, BCG, Rubéola, Catapora, Varíola etc.
  • Se recebeu vacina contra Gripe.
  • Se recebeu Soro Antitetânico.
  • Após a cura de Dengue.

7) Por oito semanas (somente para homens):
  • Após uma doação de sangue. Esse período deve ser ampliado para 16 semanas se houve doação dupla de hemácias por aférese.

8) Por 12 semanas (somente para mulheres):
  • Após uma doação de sangue (para mulheres). Esse período deve ser ampliado para 24 semanas se foi doação dupla de hemácias por aférese.
  • Após parto normal ou abortamento.


9) Por três meses (independente se homem ou mulher):
  • Se foi submetido a Apendicectomia.
  • Se foi submetido a Hemorroidectomia.
  • Se foi submetido a Hernioplastia.
  • Se foi submetido a Ressecção de varizes.
  • Se foi submetido a Amigdalectomia.

10) Por seis meses a 01 ano:
  • Se foi submetido a uma cirurgia de grande porte como por exemplo: Colecistectomia, Histerectomia, Tireoidectomia, Colectomia, Esplenectomia pós trauma, Nefrectomia etc.
  • Após a cura de Toxoplasmose comprovada laboratorialmente.

11) Por 12 meses:
  • Se recebeu uma transfusão de sangue, plasma, plaquetas ou hemoderivados.
  • Se recebeu enxerto de pele ou de osso.
  • Se sofreu acidente se contaminando com sangue de outra pessoa.
  • Se teve acidente com agulha já utilizada por outra pessoa.
  • Se teve contato sexual com alguma pessoa com AIDS ou com teste positivo para HIV.
  • Se teve contato com prostituta ou com outra pessoa que recebeu ou pagou com dinheiro ou droga pelo ato sexual.
  • Se teve contato sexual com usuário de droga endovenosa.
  • Se teve contato sexual com pessoa que tenha recebido transfusão de sangue nos últimos 12 meses.
  • Se teve relação sexual com pessoa com hepatite.
  • Se mora na mesma casa de uma pessoa que tenha hepatite.
  • Se fez tatuagem.
  • Se fez piercing.
  • Se teve sífilis ou gonorréia.
  • Se foi detido por mais de 24 horas.

12) Por cinco anos:
  • Após a cura de Tuberculose pulmonar.

13) Você nunca poderá ser doador de sangue se:
  • Tem ou teve um teste positivo para HIV.
  • Teve hepatite após os 10 anos de idade.
  • Já teve malária.
  • Tem doença de Chagas.
  • Recebeu enxerto de duramater.
  • Teve algum tipo de câncer, incluindo leucemia.
  • Tem graves problemas no pulmão, coração, rins ou fígado.
  • Tem problema de coagulação de sangue.
  • É diabético com complicações vasculares.
  • Teve tuberculose extra-pulmonar.
  • Já teve elefantíase.
  • Já teve hanseníase.
  • Já teve Calazar (Leishmaniose visceral).
  • Já teve brucelose.
  • Tem alguma doença que gere inimputabilidade jurídica.
  • Foi submetido a Gastrectomia total.
  • Foi submetido a Pneumectomia.
  • Foi submetido a Esplenectomia não decorrente de trauma.
  • Se foi submetido a transplante de órgãos ou de medula óssea.

14) Cirurgias e prazos de impedimentos:

  • Extração dentária: 72 horas. 
  • Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses. 
  • Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia: seis meses. 
  • Transfusão de sangue: um ano.
  • Tatuagem: um ano. 
  • Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina (consultar durante a entrevista).

 

Topo da Pagina topo da páginaCuidados Pós-Doação

  • Evitar dobrar o braço puncionado por aproximadamente 30 minutos.
  • Evitar esforços físicos exagerados no dia, por pelo menos 12 horas.
  • Aumentar a ingestão de líquidos.
  • Não fumar por cerca de 2 horas e evitar bebidas alcóolicas por 12 horas.
  • Manter o curativo no local da punção por pelo menos de 4 horas.

 

Topo da Pagina topo da páginaDoação de Plaquetas

O sangue é composto de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plasma e plaquetas. As plaquetas ajudam no controle de sangramentos. O sangue contém grande quantidade de plaquetas e parte delas pode ser doada sem causar prejuízo algum à saúde do doador. O processo que permite a separação e a coleta específica de plaquetas chama-se aférese.

Através de uma agulha colocada na veia do braço do doador, o sangue é bombeado para o interior de um equipamento o qual irá separar o sangue nos seus constituintes. O equipamento irá reter apenas parte das plaquetas, devolvendo para o doador as células restantes. Todo o processo dura cerca de 90 minutos.

A doação de plaquetas ajuda a muitas pessoas, principalmente as que sofrem de leucemia e outros tipos de câncer. E pode ser realizada a cada semana. A reposição é rápida; é feita em apenas 72 horas.



Topo da Pagina topo da páginaQuem Pode Doar Plaquetas

Os mesmos requisitos exigidos para doação de sangue também são aplicados para a doação de plaquetas por aférese.

 

Topo da Pagina topo da páginaPor Que Doar Sangue

A ciência avançou muito e fez várias descobertas. Mas ainda não foi encontrado um substituto para o sangue humano. Por isso, sempre que precisa de uma transfusão de sangue, a pessoa só pode contar com a solidariedade de outras pessoas. Doar sangue é simples, rápido e seguro. Mas, para quem o recebe, esse gesto não é nada simples: vale a vida. Seja doador voluntário. Faz bem também para você. Porque a satisfação de salvar vidas é a maior recompensa. Porque, quem doa sangue, doa vida.

 

Topo da Pagina topo da páginaDúvidas

  1. Por que o diabético não pode doar sangue?

    Diabético que não pode doar sangue é aquele que chamamos de insulino-dependente; ou seja, aquele que necessita de insulina para manter seu metabolismo de açúcar próximo da normalidade. Esses pacientes têm importantes alterações do sistema cardiovascular e, em conseqüência disto, durante ou logo após a doação de sangue, podem apresentar alguma reação que agrave seu estado de saúde.

  2. Por que pessoas com peso inferior a 50kg não podem doar sangue?

    O volume de sangue total a ser coletado é diretamente relacionado ao peso do doador. Para os homens não pode exceder a 9ml / kg peso e, para as mulheres, a 8ml / kg peso. O anticoagulante presente na bolsa de coleta liga-se ao sangue impedindo que este coagule. O volume de anticoagulante da bolsa é padronizado para um mínimo de 400ml de sangue. Logo, uma pessoa com peso inferior a 50 kg não poderia doar o volume mínimo.

  3. Por que menores de 18 anos não podem doar? Com autorização dos pais (ou responsável) a doação é permitida?

    De acordo com a legislação brasileira que regulamenta as normas técnicas a serem aplicadas em todos os bancos de sangue do país, o menor só poderá doar sangue caso haja uma situação especial na qual seja imprescindível a sua doação. Nesse caso, deverá haver uma solicitação médica e autorização, por escrito, dos pais ou responsáveis.

  4. A doação de sangue é permitida durante a amamentação?

    Não. A mulher que está amamentando não pode doar sangue, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de um ano.

  5. Qual o tempo que o organismo leva para repor o sangue doado?

    A reposição do plasma ocorre em 24 horas e a dos glóbulos vermelhos em 4 semanas. Entretanto, para o organismo atingir o mesmo nível de estoque de ferro que apresentava antes da doação, são necessários de 40 a 60 dias para os homens e de 50 a 90 dias para as mulheres. Esses são os intervalos mínimos entre as duas doações de sangue.

  6. Qual o intervalo recomendado para doação de plaquetas?

    O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e uma doação de plaquetas é de 8 semanas.

    O intervalo mínimo entre 2 doações de plaquetas é de 48 horas.

  7. Quais as vacinas que impedem a doação? Quanto tempo depois de ter tomado a vacina a pessoa poderá doar sangue?

    Vacinas compostas de vírus ou bactérias vivos e atenuados (ex.: sarampo, poliomielite oral, febre amarela) necessitam de 3 a 4 semanas de intervalo para a doação. Já as vacinas compostas de vírus ou bactérias mortas, toxóides ou recombinantes (ex.: tétano, poliomielite salk etc) exigem um período mínimo de 48 horas para doação de sangue desde que o candidato não apresente qualquer reação decorrente da vacinação. Vacinação anti-rábica após exposição animal exige período mínimo de 01 ano para a doação de sangue.

  8. Vacina anti eritroblastose fetal, impede a doação?

    O que é dito vacina antieritroblastose fetal (Rhogan) não se constitui propriamente em vacina mas, sim, em soro hiperimune. Vacinas possuem agentes vivos, atenuados ou mortos que, quando aplicados, levarão o organismo a produzir anticorpos contra aquele agente. Soros hiperimunes são anticorpos já prontos para a administração e que, por serem derivados de plasma humano, impedem a doação por 1 ano.

  9. Qual o conceito atual de "grupo de risco"?

    Na realidade, o termo mais correto seria "comportamento de risco"; ou seja, o comportamento do indivíduo que o deixaria mais exposto ao risco de adquirir uma determinada doença ou infecção.obrigatoriedade de troca de luva em cada teste de anemia.

  10. Por que só 1 dia de abono pela doação de sangue?

    É o que estabelecem a CLT e a CLF.

  11. Os exames sorológicos são realizados individualmente?

    Sim, os testes sorológicos são realizados individualmente; ou seja, em cada amostra isoladamente.

  12. O material usado na coleta de sangue é mesmo seguro?

    Sim, todo o material usado para a coleta de sangue é individual, descartável, estéril e apirogênico (não causa febre). Não há nenhum risco de o doador adquirir uma doença infecciosa com a doação de sangue.

  13. Como se pega hepatite? Quais são os principais sintomas?

    Existem três tipos principais de hepatite viral: Tipo A, Tipo B e Tipo C.

    A do tipo A é de contaminação através de água e alimentos contaminados e por contato oral ou fecal. A do tipo B é de contaminação sexual ou parenteral; ou seja, agulhas e equipamentos contaminados ou transfusão sangue.

    A do tipo C é de contaminação predominantemente parenteral; porém, outras formas pouco definidas podem ser envolvidas.

    Os sinais mais freqüentes da hepatite são: icterícia (amarelamento dos olhos), urina escura e fezes claras. Esses sinais são mais comuns na hepatite A. Na hepatite B ocorrem em 10 a 25% dos casos e na hepatite C, em apenas cerca de 5% dos casos. Os demais sintomas da hepatite são poucos específicos e lembram um quadro de gripe forte.

  14. Qual o tipo mais comum de hepatite?

    A hepatite A. Em cerca de 85 % da população brasileira encontramos anticorpos contra o vírus da hepatite A, os quais são indicadores de contato prévio com esse agente.

  15. Por que só pode doar sangue quando se teve hepatite antes dos 10 anos de idade?

    Porque antes dos 10 anos de idade, a probabilidade de o candidato que tenha tido hepatite do tipo A é de quase 100%. Este fato já foi confirmado em vários estudos epidemiológicos. Como a hepatite A não deixa seqüelas nem partículas virais remanescentes após a cura, não há contra-indicação em doar sangue após esse tipo de hepatite.

  16. Após a doação, quanto tempo leva para o sangue ser processado?

    Na Pró-Sangue, o sangue doado é processado em no máximo 6 horas após a doação.

  17. Qual o procedimento para se realizar uma autodoação de sangue?

    Primeiramente, deverá haver uma solicitação do médico que está assistindo ao paciente, autorizando e solicitando a transfusão autóloga. Depois, o paciente deverá ser submetido aos mesmos procedimentos utilizados na doação regular. O médico da Fundação Pró-Sangue irá avaliar as condições clínicas do paciente, a real necessidade da autotransfusão e a freqüência das doações.ofilia A.

  18. Por que não podemos aceitar doadores provenientes de área endêmica para Malária?

    Ainda não há um teste sensível para detecção de malária que possa ser aplicado rotineiramente em bancos de sangue. Por essa razão, excluímos temporariamente os indivíduos que estiveram em zona de malária com o objetivo de diminuir o risco de ocorrência de Malária transfusional.

  19. Qual o período de impedimento para doação para indivíduos que residiram ou que visitaram uma região endêmica de Malária?

    Se residiu em área endêmica para malária, o candidato não poderá doar por 3 anos. Se apenas visitou, o período de recusa é de 6 meses.

  20. Existe vacina para Malária?

    Não. Não existe vacina para Malária. Pelo nome, a vacina antiamarílica é confundida com vacina para malária. Entretanto, esta garante imunidade contra a febre amarela.

  21. Pode-se fazer sexo depois da doação de sangue?

    Não há qualquer contra-indicação para realização de atividade sexual após a doação de sangue ou de plaquetas.

  22. Como é armazenado o sangue? Em geladeira? Em que temperatura?

    Os glóbulos vermelhos são armazenados em geladeira, à temperatura entre 2 e 6ºC.

    As plaquetas são armazenadas em temperatura ambiente entre 20 e 24ºC.

    O plasma é armazenado congelado à temperatura de 18ºC negativos.

  23. Depois de quanto tempo as pessoas que fizeram piercing ou tatuagem podem doar sangue?

    Após 1 ano.

  24. Qual a porcentagem de sangue incinerado e quais os motivos mais freqüentes?

    Por volta de 7% do sangue doado não poderá ser aproveitado para transfusão por apresentar um ou mais testes sorológicos reagentes. Essas bolsas são incineradas. A causa mais freqüente de descarte é devido à presença de anticorpos contra o vírus da Hepatite B.

  25. "Quando criança tive desmaios, mas estou curado(a). Por que não posso doar sangue?"

    Candidatos que tiveram convulsões após os 5 anos de idade, mesmo se curados, podem manter o foco convulsivo no cérebro para o resto de suas vidas. Em situações normais, não apresentam nenhum sintoma. Entretanto, a doação de sangue pode reativar o foco cerebral e o doador voltar a ter convulsão. O motivo da recusa é exclusivamente para preservar a saúde do doador.

  26. Hipo ou Hipertireoidismo impede a doação?

    Não, caso estejam controlados com a medicação.

  27. A hipoglicemia impede a doação?

    Não, desde que o candidato esteja assintomático no dia da doação.

  28. Por que o limite de 450ml de sangue por bolsa?

    Devido ao volume de anticoagulante presente na bolsa, o que é padronizado para anticoagular no máximo esse volume de sangue.

  29. Quanto tempo depois das cirurgias (pequeno, médio e grande porte) a pessoa poderá doar sangue?

    Candidatos submetidos a cirurgia de grande porte devem ser recusados de 6 meses a 1 ano. Para cirurgias de pequeno e médio portes, a recusa é por 3 meses. Para extração dentária não complicada ou manipulação dentária, o prazo é de 72 horas.

  30. Se a pessoa teve rubéola, depois de quanto tempo pode voltar a doar?

    Após 30 dias da cura.

  31. Sífilis pode ser transmitida por transfusão?

         Sim. Embora rara, a transmissão de sífilis por transfusão é possível.


Topo da Pagina topo da páginaSangue Seguro

1. Qual é a segurança do sangue?

Pacientes submetidos a transplante de órgãos, em terapia para o câncer e portadores de muitas outras doenças dependem de transfusão de sangue para o seu tratamento. O sangue também é crítico para a sobrevida de recém-nascidos prematuros e de pessoas que sofreram grandes acidentes.

Para que possamos ter sangue disponível para todos aqueles que dele necessitam, os indivíduos saudáveis devem criar o hábito de doar sangue e encorajar amigos e familiares saudáveis a praticarem o mesmo ato.

2. Quando uma transfusão de sangue pode ser necessária?

Você pode precisar de transfusão de sangue em uma grande variedade de situações. Para repor uma perda aguda de sangue que pode ocorrer durante cirurgias, em acidentes, durante o tratamento de câncer ou para repor células que são anormalmente destruídas pelo organismo ou não fabricadas pela medula óssea.

3. A transfusão de sangue é segura?

A prática de selecionar criteriosamente os doadores, bem como as rígidas normas aplicadas para testar, transportar, estocar e transfundir o sangue doado, fizeram dele um produto muito mais seguro do que já foi anteriormente.

Apenas pessoas saudáveis e que não sejam de risco para adquirir doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, como Hepatites B e C, HIV, Sífilis e Chagas, podem doar sangue. Antes de toda doação, o candidato é submetido a um teste de anemia, à aferição de seus batimentos cardíacos, pressão arterial e temperatura e respondem a um questionário onde é lhe perguntado detalhadamente questões sobre a sua saúde e sobre seu comportamento. Somente após essas etapas é que o candidato estará aprovado para a doação de sangue. Todo o sangue doado será rigorosamente testado para as doenças passíveis de serem transmitidas pelo sangue.

Importante: Se você é usuário de droga intravenosa, tem múltiplos parceiros sexuais, acha que sua saúde ou comportamento podem colocar em risco a vida de quem for receber seu sangue, ou sua real intenção é de apenas realizar o teste para o vírus HIV, não doe sangue, procure os Centros de Testagem e Aconselhamento.

Apesar de o sangue doado ser testado para as doenças transmissíveis conhecidas no momento, existe um período chamado de janela imunológica em que um doador contaminado por um determinado vírus já pode transmitir a doença através do seu sangue; entretanto, os testes realizados na bolsa ainda são negativos. Essa janela imunológica pode acontecer para os vírus HIV, HTLV I/II e para os vírus da Hepatite C e B. Por essa razão, se você pertence a alguma das situações acima, deve ser honesto no questionário e não doar sangue, pois você pode estar no período de janela imunológica. Da sua honestidade depende a vida de quem vai receber seu sangue.

 

Topo da Pagina topo da páginaHistória do Sangue

A crença de que o sangue que dá e sustenta a vida também é capaz de salvá-la vem de tempos remotos. Entretanto, foram necessários séculos e séculos de estudos e pesquisas para a ciência descobrir sua real importância e dar a ele uso adequado. Até chegar esse dia, prevaleceram as práticas fundamentadas na intuição e no senso comum.

Conta-se que, na Grécia antiga, os nobres bebiam o sangue de gladiadores mortos na arena, a fim de obterem a cura de diversos males, entre eles a epilepsia.

Defendendo a sangria na cura de qualquer doença, o médico grego Galeno, reportando-se à teoria de Hipócrates, também concluiu pela existência de quatro humores no corpo humano: o sangue, a bile amarela, a bile negra e a fleuma.

Em 1492, no Século 15, para se curar de grave enfermidade, o papa Inocêncio VIII foi convencido a ingerir o sangue de três jovens que acabaram morrendo anêmicos, sem que se conseguisse restabelecer a saúde do pontífice.

As transfusões de sangue tiveram início no Século 17 - Realizadas experimentalmente em animais, a primeira transfusão de sangue é atribuída a Richard Lower em demonstração realizada em Oxford, em 1665.

A primeira experiência em ser humano aconteceu dois anos mais tarde, em 1667, em Paris. Seu autor foi Jean Baptiste Denis, professor de filosofia e matemática em Montpellier e médico do rei Luis XIV. Tomando um tubo de prata, Denis infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava nu pelas ruas da cidade.
Conta-se que após resistir a duas transfusões, Mauroy teria falecido provavelmente em conseqüência da terceira.

Um fato curioso: as transfusões de sangue nessa época eram heterólogas, isto é, com sangue de animais de espécies diferentes. Denis defendia a prática argumentando que, ao contrário do humano, o sangue de animais estaria menos contaminado de vícios e paixões. Considerada criminosa, a transfusão heteróloga foi proibida na Faculdade de Medicina de Paris e, posteriormente, na de Roma (Itália) e na Royal Society, da Inglaterra.

As transfusões com sangue humano datam do século 19 - Embora proibidas, as experiências não foram de todo abandonadas. Em 1788 (Século 18), após tentativas fracassadas com transfusões heterólogas, Pontick e Landois obtiveram resultados positivos realizando transfusões homólogas (entre animais da mesma espécie), concluindo que elas poderiam ser benéficas e inclusive salvar vidas.

A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818 que, após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu sangue humano em mulheres com hemorragia pós-parto.

O leite e a transfusão braço-a-braço - Apesar do avanço que representava a transfusão homóloga, no final do Século 19, problemas relacionados à coagulação do sangue e a outras reações adversas continuavam a desafiar os cientistas. Para enfrentar a questão, chegou-se a utilizar leite e até sangue de cadáver em transfusões; porém, as experiências foram logo abandonadas. Paralelamente, desenvolveram-se equipamentos para a realização de transfusão indireta, além de técnicas cirúrgicas que permitissem a transfusão direta, utilizando-se a artéria do doador e a veia do receptor, procedimento que ficou conhecido como transfusão “braço-a-braço”.

 

Topo da Pagina topo da páginaO Que é o Sangue

Você sabia que o sangue é um tecido vivo? Que é formado por quatro componentes básicos? Quando foram feitas as primeiras transfusões de sangue? E, afinal, para que ele serve? O que é sangue?

O sangue carreia nutrientes, gases e produtos do metabolismo das células. Até os dias de hoje não existe nenhum substituto para o sangue. Doadores são a única fonte de sangue para os pacientes que dele necessitam.

O sangue possui uma parte líquida denominada plasma e uma parte celular composta de glóbulos vermelhos ou hemácias, glóbulos brancos ou leucócitos e plaquetas. As células do sangue são produzidas na medula dos ossos, especialmente nos ossos chatos como vértebras, costelas e esterno. Essas células são essenciais para a vida, pois são responsáveis pelo transporte do oxigênio aos tecidos, pelo controle das infecções do organismo e por ajudar no controle de sangramento.

Uma unidade de sangue doada pode ser separada em: glóbulos vermelhos ou hemácias, plaquetas, plasma, e crioprecipitado (componentes não celulares).

Plasma
O plasma é a parte líquida do sangue. Sua função é transportar água e nutrientes para todos os tecidos do organismo. O plasma também contém sais minerais, proteínas relacionadas com a coagulação do sangue (fatores da coagulação) e com a defesa contra infecções (imunoglobulinas), hormônios, enzimas e as células do sangue.

Glóbulos vermelhos ou hemácias
As hemácias são células anucleadas e possuem a forma de um disco bicôncavo. Contêm no seu interior uma proteína chamada hemoglobina a qual é responsável pelo transporte do oxigênio do pulmão a todas as partes do organismo e do gás carbônico dos tecidos para os pulmões. A anemia resulta da alteração estrutural ou diminuição do número de glóbulos vermelhos ou da redução da quantidade de hemoglobina presente no seu interior.

Glóbulos brancos ou leucócitos
São os leucócitos as células de defesa do nosso organismo contra infecções. Eles possuem a capacidade de migrar do sangue para os tecidos e combater microorganismos que invadem o corpo. A diminuição do número de leucócitos ou a alteração da sua função deixa o organismo suscetível a múltiplas infecções.

Plaquetas
As plaquetas são pequenos fragmentos celulares presentes no sangue que contribuem para a parada do sangramento após um ferimento. Pacientes com diminuição do número de plaquetas ou que possuem plaquetas com função prejudicada têm risco aumentado de hemorragia.

O sangue é produzido na medula óssea dos ossos chatos, vértebras, costelas, quadril, crânio e esterno. Nas crianças, também os ossos longos como o fêmur produzem sangue.



Topo da Pagina topo da páginaTipos de Sangue

O sangue humano é classificado em grupos e subgrupos, sendo os mais importantes o ABO (A, B, AB e O) e o Rh(positivo e negativo).

No Brasil, os grupos sanguíneos mais comuns são o O e o A. Juntos eles abrangem 87% de nossa população. O grupo B contribui com 10% e o AB com apenas 3%.

O sangue O Negativo é conhecido como universal. Pode ser transfundido em qualquer pessoa. Mas apenas 9% dos brasileiros possuem esse tipo sanguíneo. É muito utilizado pelos hospitais pois é o sangue que salva em situações de emergência.

O O Positivo é o sangue mais utilizado no Brasil. O estoque de um hemocentro deve ter, no mínimo, 50% desse tipo sanguíneo.


Topo da Pagina topo da páginaGrupo Sanguíneo ABO e Fator RH

1. A descoberta do sistema de grupo sanguíneo ABO

Em 1900, final do Século 19, o imunologista austríaco, Karl Landsteiner, observou que o soro do sangue de uma pessoa muitas vezes coagula ao ser misturado com o de outra, descobrindo o primeiro e mais importante sistema de grupo sangüíneo existente no organismo: o ABO.

2. O sangue possui antígenos e anticorpos

Existem em nosso sangue certos tipos de glóbulos brancos, chamados linfócitos, cuja função é produzir proteínas especiais denominadas anticorpos. Quando microorganismos ou substâncias estranhas, denominadas genericamente antígenos, penetram em nosso corpo, os linfócitos entram em ação e passam a produzir anticorpos contra os invasores. Em geral, a reação do anticorpo com o antígeno acaba causando a destruição ou a inativação dos antígenos. Essa reação de defesa é fundamental para proteger nosso organismo contra o constante assédio de microorganismos causadores de doenças.

3. Incompatibilidade sangüínea no sistema ABO

Landsteiner percebeu que as hemácias ou glóbulos vermelhos do sangue podem ter, ou não, aderidos em suas membranas, dois tipos de antígenos, A e B, nos quais podem existir quatro tipos de hemácias:

  • A: apresentam apenas antígeno A;
  • B: apresentam apenas antígeno B;
  • AB: apresentam antígenos A e B;
  • O: não apresentam nenhum dos dois antígenos.

4. No plasma podem existir, ou não, dois tipos de anticorpos: Anti-A e Anti-B. Assim:

  • o indivíduo de sangue tipo A não produz anticorpos Anti-A, mas é capaz de produzir anticorpos Anti-B, uma vez que o antígeno B lhe é estranho;
  • o indivíduo de sangue tipo B não produz anticorpos Anti-B, mas é capaz de produzir anticorpos Anti-A, uma vez que o antígeno A lhe é estranho;
  • o indivíduo AB não produz nenhum dos dois anticorpos pois os dois antígenos lhe são familiares;
  • o indivíduo O é capaz de produzir anticorpos Anti-A e Anti-B, pois não apresenta em suas hemácias antígenos A e B.

A primeira transfusão precedida de exame de compatiblidade ABO foi realizada em 1907, por Reuben Ottenberg. No entanto, esse procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918).

5. O sistema de grupo sanguíneo Rh

Quase quatro décadas após a descoberta do sistema de grupo sangüíneo ABO, outro fato que revolucionou a prática da medicina transfusional foi a identificação, também em humanos, do fator Rh, observado no sangue de macacos Rhesus.

Na população branca, cerca de 85% das pessoas possuem o fator Rh nas hemácias, sendo por isso chamados de Rh+ (Rh positivos). Os 15% restantes que não o possuem são chamados de Rh- (Rh negativos).

6. Incompatibilidade sangüínea no sistema Rh

É importante conhecer o tipo sangüíneo em relação ao sistema Rh, pois também nesse caso podem ocorrer reações de incompatibilidade em transfusões de sangue.

Um indivíduo Rh negativo só deve receber transfusão de sangue Rh negativo. Caso receba sangue Rh positivo, haverá sua sensibilização e a formação de anticorpos Anti-Rh.

7. Eritroblastose fetal

Os anticorpos Anti-Rh são responsáveis por uma doença conhecida como eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido, que decorre da incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto (ela Rh- e ele Rh+), resultando na destruição das hemácias do feto pelos anticorpos Anti-Rh produzidos pela mãe.

Em 1951, eram conhecidos nove sistemas de grupos sangüíneos: Atualmente, são 23.

 

Topo da Pagina topo da páginaCuriosidades Sobre a Transfusão

  1. A cada dois segundos, algum paciente necessita de transfusão de sangue no Brasil
  2. Cerca de 1 em cada 5 pessoas que são internadas no Hospital, necessitarão de transfusão de sangue durante o período em que permanecerem internadas
  3. Três é o número de vidas que são salvas com cada doação de sangue
  4. O sangue representa cerca de 7% do peso corporal de um indivíduo adulto
  5. Qualquer pessoa com boa saúde, entre 18 e 65 anos de idade e com mais de 55 kg de peso, pode ser um doador de sangue
  6. O volume total de sangue a ser doado não pode exceder 8 ml / kg de peso para as mulheres e 9 ml / kg de peso para os homens. O volume máximo admitido para uma doação é de 450 ml ± 50 ml, aos quais podem ser acrescidos de até 30 ml para realização dos exames laboratoriais exigidos pelas leis e normas técnicas
  7. A doação de sangue não engrossa nem afina o sangue
  8. Doando sangue você não ganha nem perde peso
  9. Mulheres podem doar sangue mesmo no período menstrual
  10. A doação de sangue não oferece ao doador nenhum risco de contrair doenças infecciosas. Portanto, você não corre risco de contrair AIDS ou Hepatite com a doação de sangue
  11. Cinco são as etapas para uma doação de sangue: cadastro (ou registro) do doador, triagem clínica (inclui teste de anemia, verificação da pressão arterial, batimentos cardíacos, peso, temperatura e questionário sobre sua saúde), voto de auto exclusão, doação propriamente dita e lanche pós doação
  12. Todo o processo de doação de sangue dura cerca de uma hora.
  13. O sangue doado é testado para seis doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatite B, Hepatite C, HIV, HTLV, Sífilis e Doença de Chagas
  14. Plasma é a parte líquida do sangue e corresponde a cerca de 55% do seu volume. Os outros 45% do volume do sangue é representado pelas células: glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos
  15. Glóbulos vermelhos ou hemácias são células que têm a função de transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos e gás carbônico dos tecidos para os pulmões. São estas células que dão a cor vermelha ao sangue
  16. As plaquetas são pequenos fragmentos celulares cuja função é ajudar na interrupção de sangramentos
  17. Os glóbulos brancos ou leucócitos são células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções
  18. Todas as células do sangue são produzidas na medula dos ossos, principalmente nos ossos chatos
  19. Uma unidade de sangue total doado pode ser fracionado em: concentrado de hemácias, plasma e concentrado de plaquetas
  20. A duração de um concentrado de hemácias varia de 35 a 42 dias
  21. A duração de um concentrado de plaquetas é de apenas 5 dias
  22. A duração de uma unidade de plasma varia de 1 a 5 anos
  23. Aférese é um tipo especial de doação que permite a coleta de apenas um componente do sangue
  24. Pela técnica de aférese é possível doar separadamente plasma, plaquetas, leucócitos ou hemácias
  25. Mulheres representam menos de 40% dos doadores de sangue no Brasil
  26. De cada 10 candidatos à doação de sangue que comparecem na Fundação Pró-Sangue, 08 estão aptos para doar e dois estão temporária ou definitivamente inaptos para doar
  27. Anemia é a principal causa de inaptidão à doação de sangue na Pró-Sangue
  28. Para um homem, após uma doação de 450 ml de sangue: o plasma é reposto em 24 horas, os glóbulos vermelhos em aproximadamente 4 semanas e o estoque de ferro em aproximadamente 8 semanas
  29. Para uma mulher, após uma doação de 450 ml de sangue: o plasma é reposto em 24 horas, os glóbulos vermelhos em aproximadamente 4 semanas e o estoque de ferro em aproximadamente 12 semanas
  30. Ainda não há nenhum substituto para o sangue humano

 

Topo da Pagina topo da páginaLegislação Brasileira

No Brasil, um trabalhador sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, por um dia, em cada doze meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada (art. 473 da CLT). Os funcionários públicos civis federais, sem qualquer prejuízo, podem se ausentar do serviço por um dia para doação de sangue, sem limite anual de doações (art. 97 da Lei nº 8.112/1990).

A doação de sangue está regulamentada pela Lei 10.205/01, que também estabeleceu as normas referentes à coleta, ao processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados.

Segundo a legislação, o ato de doar é voluntário e a sua remuneração é proibida. O voluntário tem direito a um atestado de doação. Estão dispensados do ponto, sempre que forem doar, os servidores públicos. Já os trabalhadores de empresas privadas, a dispensa vale uma vez por ano.

 

LEI Nº 1.075, DE 27 DE MARÇO DE 1950 - Dispõe sobre a doação voluntária de sangue.
O Presidente da Republica:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Será consignada com louvor na folha de serviço de militar, de funcionário público civil ou de servidor de autarquia, a doação voluntária de sangue, feita a Banco mantido por organismo de serviço estatal ou para-estatal,
devidamente comprovada por atestado oficial da instituição.
Art. 2º Será dispensado do ponto, no dia da doação de sangue, o funcionário público civil, de autarquia ou militar, que comprovar sua contribuição para tais Bancos.
Art. 3º O doador voluntário, que não for servidor público civil ou militar, nem de autarquia, será incluindo, em igualdade de condições exigidas em Lei, entre os que prestam serviços relevantes à sociedade e à Pátria.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 27 de março de 1950; 129º da Independência e 62º da República.
EURICO G. DUTRA
Adroaldo Mesquita da Costa
Sylvio de Noronha
Canrobert P. da Costa
Raul Fernandes
Guilherme da Silveira
Clóvis Pestana
Carlos de Sousa Duarte
Clemente Mariani
Honório Monteiro
Armando Trompowsky
O Decreto-Lei Nº 229, de 28/02/67 do Diário Oficial de 29/02/1967 altera o Art. 473 da Consolidação das Leis Trabalhistas incluindo o Inciso IV do seguinte ato: Inciso IV - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem Prejuízo de salário, por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada.

 

Topo da Pagina topo da páginaProcedimentos

A coleta de sangue para doação consiste na retirada de cerca de 450ml de sangue, através do uso de material descartável, de uso único e estéril. O tempo de permanência do doador no Banco de Sangue, incluindo coleta e triagem, é de aproximadamente 30 minutos

No Brasil, o Ministério da Saúde exige a realização de alguns procedimentos específicos antes e depois da doação, a fim de prevenir complicações para o doador e contaminação para o receptor durante o período de janela imunológica de doenças.

Antes da doação, o candidato irá passar por uma entrevista de triagem clínica, na qual podem ser detectadas algumas condições adicionais que possam impedir a doação. Após cada doação serão realizados os seguintes exames no sangue coletado:

  • Tipagem sanguínea ABO e Rh
  • Pesquisa de anticorpos eritrocitários irregulares (PAI)
  • Teste de Coombs Indireto
  • Fenotipagem do Sistema Rh Hr (D,C,E.c,e), Fenotipagem de outros sistemas
  • Testes sorológicos para: Hepatite B, Hepatite C, Doença de Chagas, Sífilis, HIV (AIDS), HTLV I/II

Esse procedimento se repetirá após cada doação e os resultados serão comunicados ao doador.

 

Topo da Pagina topo da páginaFerro e Anemia (Hemocromatose)

Baixo desempenho no trabalho e na prática de exercícios físicos, dificuldade de concentração, irritabilidade, fraqueza, cansaço, tontura, falta de ar, perda de apetite, palidez na parte interna dos olhos e lábios são alguns dos sintomas desenvolvidos pela anemia, doença que atinge milhões de brasileiros em todas as classes sociais.

Ela é caracterizada pela deficiência no tamanho ou no número de células sangüíneas (glóbulos vermelhos) ou ainda, na quantidade de hemoglobina (pigmento) que elas contêm, trazendo como conseqüência a limitação das trocas de oxigênio e gás carbônico entre o sangue e as outras células do nosso corpo.

O Ferro é o segundo metal mais abundante sobre a superfície da Terra. O organismo do homem adulto contém de 3 a 5g de ferro dos quais 30 a 40% na forma de armazenamento.

É um mineral muito bem conservado pelo organismo: cerca de 90% é recuperado e reutilizado freqüentemente. Embora esteja presente no corpo humano em quantidades pequenas, suas funções são essenciais à vida. A célula do sangue é formada por proteína e ferro, além de outros componentes por isso, a falta deste mineral, causa a anemia, que é a diminuição do número de células vermelhas (hemoglobina), e consequentemente uma diminuição da oxigenação das células do corpo.

De maneira geral, a anemia pode ser desencadeada por vários fatores:

  • Baixa ingestão de alimentos ricos em nutrientes necessários para a produção dos glóbulos vermelhos e da hemoglobina, como ferro, vitamina B12 e ácido fólico;
  • Perda excessiva de sangue por hemorragia, menstruação intensa ou verminoses;
  • Anormalidades genéticas;
  • Aumento das necessidades de nutrientes em determinadas fases, como infância e adolescência (em função do crescimento e desenvolvimento corporal), gestação e amamentação.


Dentre os fatores citados, os tipos mais comuns de anemia são as desencadeadas pela deficiência de nutrientes; sendo que dessas, cerca de 90% ocorrem devido à baixa ingestão de alimentos ricos em ferro.

A melhor arma para a prevenção da anemia ferropriva é, sem dúvida, a alimentação bem variada, rica em alimentos que naturalmente possuem ferro ou enriquecidos e fortificados com o mineral.

O ferro pode ser encontrado em diversas folhas verde-escuro (como agrião, dente-de-leão, folhas de beterraba, de batata-doce, de mandioca, espinafre, agrião, salsa), grãos integrais (especialmente o trigo), amêndoas, nozes, castanha de caju, frutas secas (como damascos, passas, ameixas), brócolis, ervilhas, feijões, certas sementes (como gergelim e girassol), melaço, algas marinhas, figo, tofu, ananás, alcachofra, aveia, banana, beterraba, cenoura, aipo, couve, limão, tâmara, morango, cereja, uvas, amora, vagens, avelã, kiwi, lentilha, levedura, pêssego, pinhão, pêra, pólen, maçã, ameixa, rabanete, costelas de porco, vitela, cordeiro, fígado, peixe, galinha, mariscos, rim coração e carne magra, carne de peru, patê de fígado.

Dose diária recomendada de Ferro é:
Crianças (1-10 anos): 10 mg
Homens: 10 mg
Mulheres em fase pós-menopausa: 10 mg
Mulheres em fase pré-menopausa: 13 mg
Grávidas: 30 mg
Lactantes: 15 mg

Durante a gravidez, a mulher deve aumentar a ingestão diária de ferro. No entanto, não deve recorrer ao fígado de animais como fonte de ferro, pois estes possuem elevado teor de vitamina A, que pode ser tóxica para o feto em doses elevadas.

Embora os alimentos ricos em ferro sejam abundantes, uma pessoa que se alimente quase unicamente de produtos refinados pode vir a apresentar deficiência de ferro. É preciso ter em atenção que existem alguns factores nutricionais que aumentam ou diminuem absorção do ferro. Por exemplo, evita beber chá durante a refeição, bem como outras bebidas ricas em taninos e farelo de trigo cru, juntamente com alimentos que contêm ferro.

Alimentos ricos em vitamina C, quando consumidos juntamente com alimentos vegetais ricos em ferro aumentam a absorção desse mineral. A maioria dos legumes e muitas frutas são excelentes fontes de vitamina C. A Vitamina C tem como função potencializar a absorção de ferro quando consumida simultaneamente com um alimento que contém ferro de baixa absorção. Assim, o ideal é consumir limão, laranja ou suco de acerola, com refeições que tenham na composição alimentos fonte de ferro, para garantir a absorção. As principais fontes são os brócolis, couve de bruxelas, couve- flor e couves de uma forma geral, pimentão, tomate, ervilhas, citrinos (laranja, limão, tangerina, toranja), goiaba, kiwi, morango, mamão, etc. O uso de panelas e recipientes de ferro também contribui para aumentar a ingestão de ferro.


Cálcio: alimentos ricos em cálcio como leite e queijo, ou café e refrigerante à base de cola, dificultam a absorção do ferro, e isto, se for muito freqüente pode levar a deficiência do ferro no organismo. Orientação para prevenir e auxiliar no tratamento da anemia. Incluir em sua alimentação diária os seguintes de grupos de alimentos: miúdos, carne de vaca, aves, peixe, gema de ovo (ferro e vitamina B12), feijão, lentilha, ervilha, tofu e outros produtos de soja; tâmaras, passas, damascos e melado de cana; pães e cereais enriquecidos com ferro; Frutas cítricas e outras fontes ricas em vitamina C, que aumentam a absorção de ferro pelo organismo - laranja, acerola, limão, morango, vegetais verdes escuros; verduras em geral.

Evitar o consumo destes alimentos juntamente com alimentos ricos em ferro: farelos e espinafre; suplementos de zinco e cálcio, anti-ácidos, cafés, chás e chocolates.
Refrigerante à base cola, chás e cafés possuem substâncias que diminuem a quantidade de ferro dos alimentos e devem ser evitados durante o almoço e jantar. As refeições complementadas com leite ou sobremesas à base de leite costumam dificultar a absorção de ferro, nesse caso é recomendável um intervalo de três horas entre o almoço e o leite da tarde e o jantar e o leite da noite.

 

 

Hemocromatose Curiosidades

Conheça a hemochromatose*.

Hémochromatose Précautions :
Les fruits de mer crus, les huîtres en particulier, peuvent contenir une bactérie nommée "Vibrio Vulnificus". Elle peut être mortelle pour les personnes atteintes d'hémochromatose, il faut donc les consommer bien cuits. Les fruits de mer crus, surtout les huîtres, peuvent contenir une bactérie appelée vibrio vulnificus qui se nourrit de fer. Celle-ci peut causer la mort chez les individus qui ont une surcharge de fer. Même le fait de manipuler des fruits de mer crus peut-être dangereux s’il y a des blessures ou des ouvertures dans la peau par lesquelles la bactérie pourrait pénétrer.

La bactérie V. vulnificus entraîne fréquemment une septicémie (infection bactérienne du sang généralisée) qui peut être mortelle. Elle peut aussi infecter une plaie exposée à : des fruits de mer crus ou leur jus.
Vibrio vulnificus est une espèce de bactéries Gram-négative, en forme de bâtonnet appartenant au genre Vibrio. Présente dans les environnements marins comme les estuaires ou les eaux côtières, V. vulnificus est proche de V. cholerae, l'agent responsable du choléra. Les infections causées par V. vulnificus conduisent à une cellulite ou une septicémie.
Cette bactérie, qui appartient à la même famille que celle du choléra, se retrouve partout dans le monde. En effet, elle vit naturellement dans les eaux chaudes salées ou saumâtres. La chaleur de l’eau l’aide à proliférer. Les infections chez l’homme se produisent alors lors de baignades ou quand une personne consomme des fruits de mer contaminés, crus ou insuffisamment cuits.
Différents symptômes suite à une infection
Au moment d’une exposition à vibrio par voie alimentaire, les personnes tombent généralement malades le jour même. Les symptômes en cas d’atteinte bénigne seront des frissons, de la fièvre, de la diarrhée, des douleurs à l’estomac et des vomissements. Dans certains cas, l’infection sera plus grave et entraînera une septicémie et un décès.
Les atteintes plus graves touchent la peau et créent des plaies. Dans ce cas, apparaissent alors cloques abcès et ulcères sur les plaies, touchant différentes parties du corps. La bactérie crée alors une fascite nécrosante, que l’on appelle aussi une infection "mangeuse de chair". En effet, l’infection ronge littéralement la peau, les muscles, les nerfs, la graisse et les vaisseaux autour des plaies.

Comment évolue l’infection ?

Des antibiotiques sont nécessaires pour traiter l’infection le plus tôt possible. Dans certains cas, l’amputation sera malheureusement nécessaire. Et dans les cas plus graves, certaines personnes peuvent développer une septicémie, en particulier lorsqu’ils souffrent de problèmes de santé sous-jacents, comme un diabète, un cancer ou toute autre pathologie entraînant une baisse du système immunitaire.
En cas de choc septique, la pression artérielle de la personne chute et le décès est rarement évitable. Dans d’autres cas enfin, la septicémie engendre une forte réponse immunitaire qui va dégrader le coeur ou les reins ou encore entraîner un syndrome de détresse respiratoire aigu, qui causera lésions cérébrales et pulmonaires permanentes. D’une manière générale, on estime que 25 % des personnes touchées par la bactérie et générant une infection avec des plaies risque d’en mourir.

Conseils de prévention

Le premier conseil de prévention - et le plus efficace – est de ne pas s’exposer à la bactérie et donc d’éviter les baignades et les fruits de mers crus. Si vous souhaitez tout de même aller dans l’eau, il est important de protéger d’éventuelles plaies (mêmes un nouveau tatouage ou piercing) qui pourraient être une porte d’entrée pour la bactérie. Il faudra alors soigneusement les recouvrir d’un pansement imperméable.
Il est conseillé de bien se laver les mains et les éventuelles coupures à l’eau savonneuse après une éventuelle exposition dans l’eau.
Enfin, pour les fruits de mer, il est vivement conseillé de ne pas les consommer crus mais de les faire bouillir ou cuire suffisamment, à haute température, avant de les manger.

 

 

Topo da Pagina topo da páginaDislexia Curiosidades

Dislexia: sintomas, diagnóstico, tratamento e impactos no aprendizado
Transtornos Mentais e Neurodiversidade
Dislexia é uma transtorno específico de aprendizagem, de origem neurobiológica. Trata-se  de um conjunto de sintomas, que resultam em pessoas com dificuldades com habilidades específicas de linguagem, particularmente a leitura.
A dislexia é caracterizada por uma dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.
Sumário

  • Sintomas da dislexia
  • O que é a Dislexia?
  • Reconhecimento e diagnóstico da dislexia
  • Dislexia e os sinais mais comuns
  • Geral
  • Visão, leitura e ortografia
  •  Audição e Discurso
  • Escrita e habilidades motoras
  • Matemática e gestão do tempo
  • Memória e Cognição
  • Comportamento, Saúde, Desenvolvimento e Personalidade
  • Famosos com Dislexia
  • Orientações aos pais

Sintomas da dislexia
Os sinais de dislexia variam dependendo da idade. Se o seu filho tem um ou dois sinais, isso não significa que ele ou ela tem dislexia, mas ter vários dos sinais listados abaixo pode significar que seu filho deve ser avaliado por um profissional especializado.
A fase das primeiras palavras de uma criança é uma alegria na família: é encantador vê-la começando a se comunicar. Geralmente o pequeno pronuncia suas primeiras palavras por volta de um ano e as primeiras frases por volta de um ano e meio a dois anos. Um atraso na fala deve acender um sinal de alerta – pode ser o primeiro indicativo de dislexia.
“Crianças vulneráveis à dislexia talvez não comecem a pronunciar as primeiras palavras antes de cerca de um ano e três meses de vida. E talvez não pronunciem frases antes de completar dois anos”, diz a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto, profissional parceira da Vittude.
O que é a Dislexia?
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o quadro de maior incidência em salas de aula. E a pré-escola é, de certa forma, um divisor de águas para a identificação do distúrbio. A aparente facilidade com a qual a maioria das crianças aprende a ler, contrasta fortemente com o dilema de um subgrupo surpreendentemente grande de crianças que tentam extrair o significado de palavras impressas. De acordo com a definição da International Dyslexia Association (IDA, 2002), tal dificuldade ocorre “apesar de haver uma habilidade intelectual adequada e uma exposição a uma educação efetiva”.
“A dislexia é caracterizada por dificuldades de reconhecimento de palavras, de soletração, decodificação, lentidão na leitura e na escrita, inversão de letras e números e problemas de memorização. O fracasso do desenvolvimento da leitura fluente (capacidade de ler um texto não somente com precisão, mas com rapidez e expressão adequada) também é uma característica do distúrbio que persiste na adolescência e idade adulta. Trata-se de uma condição hereditária, com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico”, explica a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.
Reconhecimento e diagnóstico da dislexia
É preciso ficar atento ao desenvolvimento da criança de forma geral e se notar qualquer dificuldade, procurar orientação de especialistas. O diagnóstico e o tratamento da dislexia exigem a participação de equipe multidisciplinar, com profissionais como pedagogo, fonoaudiólogo e psicólogo.
Na Pré-escola
Uma criança em idade pré-escolar pode:

  • Ter problemas de aprendizagem de rimas; falta de interesse pelas rimas; palavras mal pronunciadas; dificuldade em aprender e lembrar o nome da letra; deficiência em saber o nome das letras de seu próprio nome.
  • Falar mais tarde do que a maioria das crianças.
  • Ter mais dificuldade do que outras crianças ao pronunciar as palavras.
  • Ser lento para adicionar novas palavras de vocabulário e ser incapaz de recordar a palavra certa.
  • Ter dificuldade em aprender o alfabeto, números, dias da semana, cores, formas, como soletrar e como escrever seu nome.
  • Demonstrar dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas.
  • Ser lento para desenvolver habilidades motoras finas. Por exemplo, seu filho pode levar mais tempo do que outros da mesma idade para aprender a segurar um lápis na posição de escrever, usar botões e zíperes e escovar os dentes.
  • Ter dificuldade em separar sons em palavras e misturar sons para fazer palavras.

No Jardim de Infância até a 4ª série

  • Possuem dificuldade em entender que as palavras podem ser divididas em partes;  dificuldade em associar letras a sons; incapacidade de ler palavras simples; reclamações de o quanto é difícil ler; histórico de problemas de leitura presente nos pais e irmãos.
  • Tem dificuldade em ler palavras simples que não estão cercadas por outras palavras.
  • Podem ser lentos para aprender a conexão entre letras e sons.

No Ensino Fundamental

  • Possuem discurso não fluente (pausas ou hesitações frequentes, muitos “hummm…”);
  • Não ser capaz de encontrar as palavras corretas, confundindo as que tenham a sonoridade semelhante; problema ao lembrar datas, nomes, números de telefone, listas; medo de ler em voz alta; desempenho fraco em testes de múltipla escolha;
  • Ter dificuldade em terminar provas no tempo estabelecido; problemas na leitura dos enunciados dos problemas matemáticos; leitura lenta e cansativa;
  • Apresentar deveres de casa incompletos e intermináveis; necessitam de ajuda para ler o enunciado; extrema dificuldade para aprender uma língua estrangeira.

No Ensino Médio e Faculdade
Estudantes no ensino médio e na faculdade podem:

  • Ler muito lentamente com muitas imprecisões.
  • Continuar a soletrar incorretamente, ou soletrar frequentemente a mesma palavra diferentemente em uma única parte de escrita.
  • Evitar testes que exigem leitura e escrita, e procrastinar em tarefas de leitura e escrita.
  • Ter dificuldade em preparar resumos e contornos para as aulas.
  • Trabalhar intensamente em tarefas de leitura e escrita.
  • Ter poucas habilidades de memória e completar o trabalho atribuído mais lentamente do que o esperado. 
  • Ter um vocabulário inadequado e ser incapaz de armazenar muita informação da leitura.

“A avaliação segue as regras determinadas pela definição de dislexia: uma dificuldade de leitura de uma criança ou adulto que em todos os outros aspectos possui boa inteligência, forte motivação e escolaridade adequada. É um diagnóstico clínico que tem como base uma síntese já ponderada de informações – do histórico escolar da criança (ou do adulto), das observações de sua fala e leitura e dos testes de leitura e de linguagem”, explica Márcia.
https://www.youtube.com/watch?v=V7J4U9pz6Qw
Dislexia e os sinais mais comuns
A maioria dos disléxicos exibirá cerca de 10 dos seguintes traços e comportamentos. Estas características podem variar de dia-a-dia ou minuto-a-minuto. A coisa mais consistente sobre disléxicos é a sua inconsistência.
Geral

  • Crianças e adultos disléxicos podem se tornar ávidos e entusiastas leitores quando dadas as ferramentas de aprendizagem que se encaixam no seu estilo de aprendizagem criativa.
  • Aparece brilhante, altamente inteligente e articulado, mas incapaz de ler, escrever ou soletrar ao nível da classe.
  • Marcado como preguiçoso, mudo, descuidado, imaturo, “não tentando o suficiente” ou com “problema de comportamento”.
  • Não é “atrasado o suficiente” ou “ruim o suficiente” para ser ajudado no ambiente escolar.
  • Alto em QI (Coeficiente de Inteligência), ainda  que não seja academicamente bem avaliado. Vai bem em testes orais, mas não em testes escritos. 
  • Parece estúpido;
  • Tem baixa autoestima;
  • Esconde ou encobre suas fraquezas com estratégias compensatórias engenhosas; Facilmente frustrado sobre a leitura da escola ou a realização de testes.
  • Talentoso em arte, drama, música, esportes, mecânica, contador de histórias, vendas, negócios, projeto, construção ou engenharia.
    Parece viajar ou sonhar acordado muitas vezes;
  • Se perde facilmente ou perde a noção do tempo.
  • Dificuldade em manter a atenção.
  • Aprende melhor através da experiência prática, demonstrações, experimentação, observação e ajudas visuais.

Visão, leitura e ortografia

  • Queixa-se de tonturas, dores de cabeça ou dores de estômago durante a leitura
  • É confundido por letras, números, palavras, sequências ou explicações verbais.
  • Ao ler ou escrever mostra repetições, adições, transposições, omissões, substituições e reversões em letras, números e / ou palavras.
  • Queixa-se de sentir ou ver movimento inexistente durante a leitura, escrita ou cópia.
  • Parece ter dificuldade com a visão, mas exames oculares não revelam um problema.
  • Tem visão extremamente aguçada e é excelente observador. Possui falta de percepção de profundidade e visão periférica.
  • Lê e relê com pouca compreensão.
  • Soletra foneticamente e inconsistentemente.

 Audição e Discurso

  • Tem audição prolongada; Ouve coisas não ditas ou aparentes para os outros; É facilmente distraído por sons. 
  • Possui dificuldade em colocar pensamentos em palavras; Fala utilizando frases hesitantes; Deixa frases incompletas; Gagueja sob estresse; Pronuncia incorretamente palavras longas, ou transpõe frases, palavras e sílabas ao falar.

Escrita e habilidades motoras

  • Apresenta problemas com a escrita ou cópia; O aperto do lápis é incomum; A caligrafia varia ou é ilegível. 
  • É desajeitado, desordenado, possui dificuldade na prática de esportes de bola ou de equipe; Dificuldades com habilidades e tarefas motrizes finas e/ou grossas; Pode estar mais propenso à doenças. 
  • Pode ser ambidestro, e muitas vezes confunde esquerda/direita.

Matemática e gestão do tempo

  • Tem dificuldade em gerenciar o tempo, aprender informações ou tarefas sequenciadas, ou estar no horário. 
  • Computação matemática mostra dependência na contagem de dedos e outros truques; Sabe respostas, mas não pode fazê-lo no papel. 
  • Pode contar, mas tem dificuldade em contar objetos e lidar com dinheiro. 
  • Pode fazer aritmética, mas falha em problemas de palavra. Tem dificuldade em compreender álgebra ou matemática superior.

Memória e Cognição

  • Possui excelente memória de longo prazo para experiências, locais e rostos.
  • Má memória para sequências, fatos e informações que não tenham sido experimentadas. 
  • Pensa principalmente com imagens e sentimentos, não sons ou palavras (pouco diálogo interno).

Comportamento, Saúde, Desenvolvimento e Personalidade

  • Extremamente desordenado ou compulsivamente ordenado.
  • Pode ser o palhaço da classe, um gerador de problemas (muito bagunceiro) ou extremamente quieto.
  • Pode possuir fases de desenvolvimento inusitadamente precoces ou tardias (conversando, rastejando, andando, amarrando sapatos).
  • Tendência a ter a infecções de ouvido; Sensíveis a alimentos, aditivos e produtos químicos.
  • Pode sofrer com insônia ou hipersonia; Pode estar propenso a urinar na cama em determinadas idades.
  • Tolerância incomumente alta ou baixa para a dor.
  • Forte senso de justiça;
  • Emocionalmente sensível;
  • Esforça-se para a perfeição.
  • Erros e sintomas aumentam dramaticamente com locais bagunçados, pressão do tempo, estresse emocional ou má saúde.

Famosos com Dislexia
Você sabia que muitas pessoas famosas possuem dislexia? Sabia que grandes gênios, músicos, pintores e atletas também possuíam ou possuem este diagnóstico?
Confira abaixo alguns famosos disléxicos:

  • Albert Einstein
  • Alexander Graham Bell
  • Henry Ford
  • John Lennon
  • Leonardo da Vinci
  • Muhammad Ali
  • Pablo Picasso
  • Walt Disney

Orientações aos pais
Quanto mais cedo se fizer um diagnóstico, mais rápido a criança poderá contar com ajuda de profissionais adequados (fonoaudiólogos, psicólogos especializados). Assim, muito provavelmente também se conseguirá evitar problemas decorrentes que atingem  a auto-estima. A psicoterapia ajudará seu filho a ter uma melhorar adaptação e mais qualidade de vida.
Se notar  a presença de algum sinal de dislexia, é fundamental conversar com o professor de seu filho. Mas não fique dependendo somente da escola para realizar uma avaliação. O pediatra pode fazer o encaminhamento para que seja feito um teste.
É fundamental que os pais, professores e principalmente a criança entendam a natureza do problema de leitura, para que ela desenvolva uma opinião positiva sobre si mesma.
“E muito importante: não subestime a criança ou reduza suas expectativas. Trate-a sempre como uma pessoa com muitas variáveis, não simplesmente como alguém que tenha um problema de leitura. Deixe que suas habilidades –  e não suas deficiências – a definam como pessoa!”, finaliza a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.

 

 

PAP dyslexie : TOP 15 des infos que les parents doivent connaître absolument
Le Plan d’Accompagnement Personnalisé (PAP) est le dispositif que les élèves Dys peuvent activer pour bénéficier d’adaptations pédagogiques durant leur scolarité en cycle primaire ou secondaire. Le PAP est un dispositif qui se concrétise par un document rédigé par l’Équipe Éducative. 
Tout aménagement officiel est conditionné par la mise en place d’un PAP, qui a l’avantage d’être plus simple à obtenir que le PPS, son cousin. En effet, il est propre à l’Éducation nationale, relève de l’application du droit commun et ne nécessite aucun accord de la MDPH. Ainsi, tout élève doit pouvoir en bénéficier dès lors qu’il présente des troubles spécifiques d’apprentissages diagnostiqués par des professionnels de santé, troubles reconnus et validés par le médecin scolaire. De ce fait, le PAP favorise l’aménagement de la scolarité. 
Le formulaire du PAP est national, et s’applique à tous les établissements de l’Éducation Nationale et du ministère de l’Agriculture. 
Peut-être souhaitez-vous mettre en place des adaptations pédagogiques pour le cadre scolaire de votre enfant ? :

  • lecture et reformulation des consignes, 
  • utilisation de moyens mnémotechniques et d’outils spécifiques, 
  • limitation du travail à la maison, 
  • tiers temps ou limitation du nombre d’exercices en évaluation, 
  • utilisation d’un ordinateur

Voici 15 questions/réponses associées au fonctionnement du PAP qui permettront de vous éclairer sur le sujet.

1- A quelle(s) situation(s) le PAP est-il adapté ?
Le PAP s’adresse à un élève aux besoins particuliers qui est en situation de difficultés scolaires durables et qui présente un/des troubles des apprentissages. Toutefois, sans faire appel à la MDPH, l’élève doit pouvoir progresser dans ses apprentissages et acquérir les compétences exigées par cycle.

2- Quelles adaptations peut-on mettre en place dans le cadre du PAP ?
Des aménagements pédagogiques sont proposés afin de faciliter les conditions de travail de l’élève et d’atteindre les objectifs du cycle d’apprentissages :

  • adaptations pédagogiques simples et mise en place par les enseignants
  • réflexion sur la place de l’élève dans la salle de classe
  • lecture et reformulation des consignes
  • remise des cours sous format adapté (photocopies papier recto avec taille et police adaptée ou format numérique)
  • utilisation d’une clé USB
  • limitation du travail en classe et/ou à la maison
  • utilisation de l’ordinateur en classe et/ou à la maison (prise de notes, devoir sur table, devoir à la maison, évaluations, examens blancs)
  • aménagements spécifiques pour le suivi des cours (tutorat, intervention de l’enseignant pour lire les consignes, etc.) et pour les évaluations (temps majoré supplémentaire comme le 1/3 temps, réduction du nombre d’exercices, lecteur avec ou sans reformulation, scripteur, interrogation à l’oral, etc.)
  • possibilité d’intervention de professionnels de santé sur le temps scolaire et au sein de l’établissement

3- Qui formule la demande ?
La demande peut être initiée, à tout moment et tout au long de la scolarité, lorsque que le besoin s’en fait sentir par différents acteurs :

  • les parents
  • le représentant légal
  • l’élève (s’il est majeur)
  • le professeur principal
  • l’enseignant de l’élève
  • le conseil des maîtres (primaire)
  • l’équipe pédagogique (secondaire) mais avec l’accord des parents

Le PAP se fait avec l’accord de tous.

4- Quels documents composent le PAP ?
Le PAP est composé de douze pages organisées comme suit :

  • Page 1 : Demande à remplir par les parents et complétée par le médecin scolaire lorsqu’il rend son avis
  • Pages 2 à 3 : Maternelle, adaptations pédagogiques, tableau à remplir par l’Equipe Educative (EE)
  • Pages 4 à 6 : Elémentaire, adaptations pédagogiques, tableau à remplir par l’EE
  • Pages 7 à 9 : Collège, Adaptations pédagogiques, tableau à remplir par l’EE
  • Pages 10 à 12 : Lycée, Adaptations pédagogiques, tableau à remplir par l’EE

C’est l’avis de l’équipe pédagogique, en concertation avec les autres personnes en présence lors de l’EE, qui est consigné.
5- A qui les parents doivent-ils s’adresser pour formuler leur demande initiale lorsqu’ils sont à l’origine du projet ?
La demande doit être formulée au directeur d’école primaire ou au chef d’établissement en secondaire.
6- PAP dyslexie : en quoi consiste la demande ?
Le formulaire à remplir est fourni par le chef d’établissement et il comporte plusieurs pages :

  • la première page est dédiée à la demande proprement dite. Complétée par les parents, elle est remise à la direction de l’établissement. Puis, transmise au médecin scolaire qui une fois sa réponse favorable donnée, devra compléter la rubrique : « Besoins spécifiques de l’élève ».

l’ensemble des éléments médicaux établis dans le cadre du diagnostic est placé sous plis cacheté, adressé à l’attention du médecin scolaire de l’Inspection Académique. Ces documents médicaux et para-médicaux sont nécessaires pour évaluer la situation des besoins particuliers de l’élève et justifier l’ouverture du PAP. Ils doivent être datés de moins de 2 ansLe diagnostic de dyslexie doit être formellement établi.
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7- Quelles sont les démarches indispensables à l’ouverture du PAP ? Qui évalue, reçoit et donne son avis à la demande de PAP ?
La famille doit présenter un ensemble de documents médicaux.

  1. Le bilan complet doit comporter différentes thématiques :
  • le bilan médical (ORL, Ophtalmologique)
  • le bilan psychologique (bilan psychométrique a minima, voire bilan neuropsychologique)
  • le bilan orthophonique
  • le bilan ergothérapique (si besoin d’un ordinateur)
  • le certificat médical : synthèse rédigée par le médecin traitant ou pédiatre
  1. Le diagnostic de dyslexie doit être formellement établi. Et il sera évalué par le médecin scolaire qui relèvera si le retard de langage écrit est significatif. En principe, il est jugé pathologique si le retard est autour de 18 à 24 mois en lecture, et confirmé en fin de classe de CE1. Ce retard doit apparaître dans les résultats des tests d’orthophonie qui se présentent sous la forme de données chiffrées et chutées d’environ au moins -1,5 Ecart Type (ET) ou – 2 Déviation Standard (DS) par rapport à la classe d’âge de référence. Ces données chiffrées s’entendent selon l’étalonnement particuliers des tests et n’ont aucune signification isolément, elles sont données ici à titre d’exemple. L’ensemble des résultats font l’objet d’une analyse détaillée et d’une conclusion.
  2. L’évaluation de la demande est faite par le médecin scolaire de l’Inspection Académique qui peut l’accepter ou la refuser. L’accord du médecin scolaire est obligatoire pour mettre en place le PAP.

8- Que se passe-t-il s’il n’y a pas ou plus de médecin scolaire dans L’inspection Académique de votre département ?
Le manque fréquent de médecins scolaires dans les différents territoires rend compliqué la mise en place de PAP. En cas d’absence totale de médecin scolaire, le constat de troubles des apprentissages peut être établi par le médecin qui suit l’enfant.
9- En quoi consiste la tenue d’une Equipe Educative (EE) ?
Organisation : 
L’équipe éducative va pouvoir définir les besoins de l’élève et les adaptations pédagogiques associées via des tableaux inclus dans le formulaire du PAP (disciplines, adaptations transversales, évaluations, leçons/devoirs, lecture, production d’écrits, pratique des langues étrangères, etc.) et via une zone dédiée au bilan et aux perspectives.
Cette rédaction peut se faire en présence de l’Equipe Educative, la famille, du représentant du chef d’établissement, a minima du professeur principal ou du professeur des écoles, de la famille et l’élève, et des professionnels de santé qui suivent l’élève (orthophoniste, ergothérapeute, psychomotricien, médecin, etc.), parfois à la discrétion du chef d’établissement l’infirmière scolaire peut y être associée.
Décisions portent sur

  • le formulaire à remplir et se fait selon le niveau scolaire de l’élève (cf. rubrique ci-dessus : 4- Quels documents composent le PAP ?)
  • les adaptations pédagogiques
  • le matériel technique fourni par la famille utilisable dans l’établissement scolaire (ordinateur, logiciels et périphériques)
  • le suivi par les professionnels de santé également possible dans l’enceinte de l’établissement scolaire.

10- Sur quelle durée le PAP s’échelonne-t-il ?
Il est à renouveler, actualiser et améliorer chaque année en fonction de l’évolution des besoins de l’élève.
11- A quel moment se fait la validation du document PAP ?
Il doit être daté, signé, tamponné par le chef d’établissement ou son représentant ET signé par les parents à chaque renouvellement.

12- Qui conserve la version originale du PAP ?
L’original est conservé par l’établissement. Ce document doit être mis à disposition des enseignants de l’élève. Chaque professeur doit pouvoir en prendre connaissance à tous moments.
13- Que se passe-t-il en cas de changement d’établissement ?
Le PAP devrait être transmis par l’établissement de sortie à l’établissement suivant. Mais la famille peut également en fournir une copie lors de l’inscription pour en garantir la transmission.

14- Le PAP suffit-il pour obtenir des aménagements aux examens ?
Même si l’on bénéficie d’un PAP tout au long de l’année, il faut formuler une demande à part entière auprès du chef d’établissement pour pouvoir bénéficier d’aménagements aux examens. Les aménagements doivent être consignés clairement dans le PAP si l’on veut prétendre en bénéficier lors du passage des épreuves des examens. Si un aménagement n’est pas noté dans le PAP, il faut bien renforcer la demande initiale en démontrant le besoin et argumenter avec l’aide des bilans médicaux et l’appui des enseignants. Cette démarche peut être sujette à refus de la part du médecin désigné par la CDAPH et l’autorité administrative. Cependant, il ne faut pas hésiter à faire un recours en cas de refus.
15- Le PAP est appliqué mais insuffisant ? Que faire ?
L’alternative est alors de faire une reconnaissance auprès de la Maison Départementale des personnes Handicapées (MDPH). De demander au chef d’établissement d’organiser la tenue d’une Equipe de Suivi de Scolarisation (ESS) qui va donner lieu pendant son déroulement à la rédaction d’un GEVAsco. La famille devra compléter la partie du dossier MDPH qui lui revient et fournir l’ensemble des pièces pour constituer un dossier médical solide pour permettre de statuer sur cette reconnaissance. Il s’agit du dispositif Projet Personnalisé de Scolarisation (PPS) qui ouvre des droits spécifiques de compensation et aides multiples.

Liens utiles vers les textes de références : 
Loi n°2013-595 du 8 juillet 2013 d’orientation et de programmation pour la refondation de la république https://www.legifrance.gouv.fr/jorf/id/JORFTEXT000027677984/
Décret n°2014-1377 du 18 novembre 2014 relatif au suivi et à l’accompagnement pédagogique des élèves https://www.legifrance.gouv.fr/eli/decret/2014/11/18/MENE1418381D/jo
Circulaire n°2015-016 du 22 janvier 2015 relative au Plan d’Accompagnement Personnalisé https://www.education.gouv.fr/bo/15/Hebdo5/MENE1501296C.htm?cid_bo=85550

 

 

Orthophonie Dyslexie : découvrez l’essentiel
Dyslexie et orthophonie sont étroitement liés car l’orthophoniste est le professionnel de santé qui va identifier et évaluer les troubles des apprentissages comme la dyslexie, la dysorthographie, la dysgraphie, la dysphasie et la dyscalculie. De plus, l’orthophoniste peut réaliser un suivi et une rééducation séance après séance. Même si la progression est longue et coûteuse en temps et en énergie, l’orthophonie permet souvent des progrès notamment en termes de lecture et d’orthographe. Ce praticien paramédical est pour le dyslexique une aide déterminante. J’ai moi-même réalisé de gros progrès grâce à un suivi orthophonique. Voici ce que vous devez savoir sur ce professionnel.
L’expertise de l’orthophoniste peut être complétée par celles d’autres professionnels de santé (ergothérapeute, psychomotricien, neuropsychologue/psychologue, orthoptiste). Chaque professionnel de santé apporte via sa discipline des éléments complémentaires de bilan pour permettre au médecin de faire une synthèse et d’émettre un diagnostic complet.
La consultation et le suivi de l’orthophonie sont entièrement pris en charge par la CPAM (Caisse Primaire d’Assurance Maladie) sous réserve d’une entente préalable une fois la prescription du médecin traitant.

Documents à présenter à l’orthophoniste :
– l’ordonnance prescrite par votre médecin traitant
– la carte vitale du patient ou du parent s’il est mineur
– le carnet de santé du patient ou de l’enfant pour pouvoir alimenter l’anamnèse.
Dyslexie et Orthophonie : Conditions d’accueil 
L’orthophoniste accueille le patient en séance individuelle à son cabinet. La durée et la fréquence des séances peuvent varier dans les faits :
·       de 30 min/45 min env. (rarement de moins d’une ½ h ou de plus de 45 min)
·       de 1 à 4 fois par semaine
·       par série de 30 à 50 séances renouvelables sur prescription médicale
Rarement moins ou plus parce que l’orthophoniste a d’autres patients à suivre, que l’emploi du temps du patient et du professionnel ne sont pas extensibles, etc.
La répétition et la fréquence sont des conditions favorables de prise en charge pour un Dys. En théorie, l’orthophoniste doit adapter la prise en charge au plus près des besoins de son patient.
Depuis 2019, les séances d’orthophonie sont autorisées au sein des établissements scolaires ou médico-sociaux si l’enfant est déjà suivi par un orthophoniste libéral. Les séances peuvent être prises en charge sous conditions par la Caisse Primaire d’Assurance Maladie. Un accord entre l’établissement et la famille peut être scellé et sera noté dans le cadre du document du PAP ou du PPS de l’enfant scolarisé. 
Depuis le printemps 2020, en raison de la pandémie de Covid-19, l’orthophoniste est autorisé par la CPAM à effectuer des télé-soins avec ses patients. Consultez les conditions sur le site Ameli.fr.

Trouver le « bon orthophoniste »     
  
C’est le professionnel de santé avec lequel l’enfant ou l’adulte sera en constante interaction. Le professionnel doit être formé pour accompagner ces troubles. En effet, la formation d’orthophoniste est d’ordre généraliste, couvre de nombreuses pathologies ou difficultés et cela pour tous les âges de la vie. L’orthophoniste peut faire le choix de se spécialiser dans la prise en charge de certaines pathologies ou troubles ou même dans l’accompagnement de certaines tranches d’âges de patients. Renseignez-vous auprès des réseaux de spécialistes Dys ou des associations de parents et personnes Dys.

Désert para médical, indisponibilité, surcharge des professionnels
Malheureusement, la situation est tendue pour trouver un orthophoniste disponible. La formation des orthophonistes se fait au sein d’écoles spécialisées où le nombre d’étudiants est régulé par un concours d’entrée. A l’issue de leur formation, le nombre de diplômés est limité par un numerus clausus imposé par les services de l’Etat. Ces chiffres ne semblent pas en adéquation avec les besoins de prises en charge dans les territoires.
A la rentrée 2019, l’Etat a consenti à recruter 7 orthophonistes supplémentaires à l’issue du concours d’entrée dans les écoles de formation. A la rentrée 2020, le recrutement a été augmenté de 52 orthophonistes  ! Mais cela reste très insuffisant pour couvrir les besoins sachant que 5 années d’études sont nécessaires pour former un orthophoniste.
Les orthophonistes sont implantés sur le territoire sous le contrôle de la CPAM  et l’ARS. Si vous ne trouvez pas d’orthophoniste alors n’hésitez pas à faire remonter votre situation auprès de ces institutions. Plus les patients ou les parents réagiront, plus les situations sont susceptibles d’évoluer positivement. Par exemple, en Région Parisienne se trouvent des départements où les orthophonistes sont inégalement réparties …ce qui peut sembler incompréhensible.
Pour formuler votre réclamation, écrivez simultanément à l’ARS et la CPAM.
·       ARS : consulter sur Internet, les coordonnées de l’ARS dont vous dépendez
·       CPAM : envoyez votre courrier d’alerte depuis votre compte AMELI https://www.ameli.fr/.
Chiffres de la FNO- Fédération Nationale des Orthophonistes
Caisse Primaire d’Assurance Maladie
Agence Régionale de la Santé
L’âge de mon enfant dyslexique a-t-il une incidence sur la prise en charge ?
En principe, le suivi orthophonique pour la dyslexie doit être mis en place précocement pour une meilleure efficacité et surtout permettre au patient – enfant – de mieux apprendre à dompter son trouble.
En général, la prise en charge d’un adolescent Dys, voire d’un adulte Dys, est plus ardue du fait que la plupart des orthophonistes accueillent prioritairement les enfants. L’accompagnement n’est pas le même. Il nécessite un matériel d’exercices et de tests différents, tous les orthophonistes ne disposent pas de l’ensemble des outils adaptés à tous les âges.
Dans l’idéal, le diagnostic doit être posé prioritairement pendant le cycle primaire et par un médecin spécialisé en libéral ou en centre référent spécialisé dans les troubles du langage à l’hôpital. A l’issue de cette phase de diagnostic de dyslexie, les avis des professionnels de santé permettront de faire reconnaître les besoins spécifiques et de mettre en place des adaptations en milieu scolaire à travers l’un ou l’autre  des dispositifs tels que le PAP ou le PPS.

Pause thérapeutique ?
Il peut s’avérer nécessaire de faire une pause thérapeutique en interrompant temporairement le suivi orthophonique en cas de saturation de l’enfant. Cela peut être l’occasion de changer ensuite d’orthophoniste pour redynamiser ou faire évoluer l’accompagnement. Cependant, attention d’anticiper la reprise d’un suivi en tenant compte de la surcharge et de l’accessibilité des cabinets d’orthophonie afin de ne pas se retrouver en déshérence.  

Dyslexie et Orthophonie au collège et au lycée
Deux situations distinctes caractérisent la vie de l’élève Dys  :

  • l’élève a été diagnostiqué au cours de son cursus primaire et il poursuit son suivi orthophonique. Se pose alors la question de renouveler et faire évoluer ses adaptations pédagogiques et son accompagnement en milieu scolaire (PAP ou PPS) en fonction des besoins liés à ces nouveaux environnements et exigences scolaires.
  • l’élève est diagnostiqué tardivement et débute un suivi orthophonique en parallèle de sa scolarisation en secondaire. Cela nécessitera la mise en place d’un des dispositifs d’accompagnement en classe (PAP ou PPS) ou bien d’autres dispositifs selon les choix d’orientation de l’enfant.

En parallèle de cette période, l’accompagnement de l’orthophoniste se situent à la fois sur :

  • le suivi orthophonique qui doit s’adapter à l’évolution des besoins de l’enfant vers celui d’un adolescent voire d’un jeune adulte.
  • la préparation de l’orientation en fonction des capacités et des souhaits de l’élève. Par ex. l’apprentissage permet d’entrer dans le monde du travail avec des règles différentes de celles du milieu scolaire (possibilité de demander une RQTH pour lequel un bilan orthophonique sera nécessaire).
  • la nécessité d’anticiper le passage des épreuves des examens (DNB-Brevet des collèges, CAP, BAC, etc) voire de concours et à la poursuite d’études. Situation où l’orthophoniste joue un rôle déterminant pour accompagner l’adolescent ou le jeune adulte. L’orthophoniste apporte son éclairage sur les préconisations dans la demande d’aménagements des épreuves d’examens (tiers temps, aide humaine, aide technique, adaptations, dispenses).

Le manque d’orthophonistes disponibles pour prendre en charge ses patients est criant. Pourtant le rôle de l’orthophoniste est déterminant pour accompagner la personne Dys au-delà de son cursus primaire.
Orthophonie et dyslexie sont indissociables durant les années d’apprentissages des cycles du secondaire.
L’orthophoniste, en cas de doute sur la pose du diagnostic de dyslexie/dysorthographie ou sur son ampleur, peut demander à la famille du patient ou au patient lui-même s’il est majeur d’effectuer un bilan en centre référent spécialisé. Au cours du cycle secondaire, le niveau d’exigence scolaire évolue et l’adolescent va être amené à passer des examens (DNB, BAC, etc). Aussi, l’accompagnement doit s’adapter car les difficultés liées à la dyslexie évoluent. Les formats de travail doivent varier, la prise en compte des outils numériques doit aider à la compensation des troubles (ex : privilégier l’auto-correction ou développer la production d’écrits). Aborder la lecture et l’écriture de textes longs, suivre des méthodologies de travail dans l’approche des études de textes littéraires ou philosophiques ou dans l’apprentissage des mathématiques, mettre en place des techniques de mémorisation sont autant de pistes à explorer au cours des séances orthophoniques de pré-adolescents, adolescents ou adultes.
Cela nécessite une certaine flexibilité dans le choix des règles à travailler suivant les avancées du patient en âge, en niveau scolaire et en maturité.
Si le diagnostic n’est posé qu’en cours de scolarité du secondaire, l’orthophoniste doit favoriser pour le dyslexique la mise en place d’adaptations dans ce cadre en aidant la famille à argumenter et compléter le document relatif au PAP ou PPS. L’autre étape décisive est le passage d’examens (DNB, BAC, BTS, etc). L’élève Dys perd toute égalité des chances et toute équité puisqu’il rencontre des difficultés dans le cadre scolaire qui vont s’accentuer lors des épreuves d’examens. Pour en limiter l’impact négatif, l’élève Dys peut bénéficier d’aménagements spécifiques pour le passage des examens et concours. Toutefois, ces aménagements variés doivent être adaptés aux besoins de l’élève et notés préalablement dans le document relatif au dispositif PAP ou PPS choisis. Ces aménagements sont peu proposés par les orthophonistes qui, souvent, ne préconisent que le temps majoré supplémentaire dit « tiers temps ». Celui-ci est bien sûr intéressant mais il ne peut être l’unique aménagement préconisé pour les besoins des élèves ou étudiants dyslexiques.
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Compte rendu orthophonique
Tout suivi orthophonique nécessite un compte-rendu écrit au terme du nombre de séances effectuées ou bien en fonction des besoins du patient pour faire valoir ses droits. Le bilan sous forme de compte-rendu écrit est remis au patient ou à sa famille, Il est capital de conserver et regrouper tous ces documents. Rappelons qu’être Dys, c’est pour la vie ! Cela permet un meilleur transfert d’informations lorsque l’on change de professionnel ou qu’un diagnostic doit être revu.
Le Bilan orthophonique de Dyslexie permet de poser un diagnostic.
Ce bilan, établi à l’issu d’un entretien avec le patient et ses parents s’il est mineur, résulte d’une série de tests qui permet de définir une analyse de l’acquisition du langage oral et/ou écrit en comparant les résultats du patient à ceux de sa tranche d’âge et de son niveau scolaire. Ce bilan orthophonique de dyslexie est primordial et doit également bien être conservé précieusement.
Ce bilan permettra :
– de cibler la nature des troubles,
– d’apporter un éclairage sur l’apparition, l’évolution, les retentissements du ou des troubles du langage et l’implication du patient et de sa famille,
– de désigner les voies de rééducation à privilégier selon le cas,
– de proposer des adaptations spécifiques qui permettent au patient de mieux évoluer en contexte scolaire ou professionnel.
Le suivi orthophonique ou protocole de soins sera décidé en fonction des conclusions du bilan orthophonique.

L’orthophonie en conclusion :
L’orthophonie est une aide utile pour le dyslexique, particulièrement lorsqu’il a connu des difficultés d’apprentissage en classe, à la maison ou ailleurs. Ainsi, l’orthophonie permet de se poser, d’observer et d’apprendre par d’autres moyens à :

  • mieux comprendre ses difficultés
  • mettre en lien ce qu’il n’a pas eu la conscience de faire spontanément
  • utiliser différentes méthodes et outils
  • compenser progressivement
  • enclencher le processus d’automatisation
  • faire en sorte que le dyslexique apprenne à apprendre.

Mais il faut tout de même préciser que l’orthophonie ne peut pas à elle seule éradiquer la dyslexie. On naît dyslexique et on le reste.
Le patient dyslexique va devoir se mobiliser pleinement pour espérer diminuer ses troubles, trouver des solutions de contournement et apprivoiser sa dyslexie. Il ne faut pas se décourager.
Parfois des années de pratique en orthophonie ne suffisent pas à en limiter les effets de façon significative. Chaque cas est particulier, chaque professionnel a ses méthodes. Il ne faut pas hésiter à changer d’orthophoniste pour faire évoluer aussi ses propres pratiques et apprendre à sortir de sa zone de confort.
Au final, le facteur temps est un élément déterminant dont l’orthophonie a besoin pour aider le dyslexique.

 

 

Ergothérapeute et Dyslexie : découvrez l’essentiel
Publié le novembre 7, 2020

l’ergothérapeute n’aide pas uniquement les dyspraxiques ou les dysgraphiques. L’ergothérapeute a son importance pour de nombreux troubles dys et notamment la dyslexie. Ce professionnel de santé réalise des bilans, des suivis, peut aider à la mise en place du matériel informatique… Ergothérapeute et dyslexie sont étroitement liés lorsqu’il s’agit de compensation et de contournement des difficultés. Son objectif est de favoriser l’autonomie et l’efficacité de personnes en situation de handicap. En tant que dyslexique, j’ai pu expérimenter différents ergothérapeutes. Avec l’expérience acquise et les recherches réalisées, je vous transmets des informations utiles sur ce professionnel.
Des infos sur l’ergothérapie :
L’ergothérapeute intervient sur le patient dyslexique par prescription médicale.
Il peut détecter d’éventuelles difficultés chez le patient Dys et alors mettre en place une réadaptation et des solutions de contournement. Ces solutions permettent donc de « contourner » et gommer au moins partiellement les retentissements des troubles spécifiques du langage ou troubles des apprentissages. L’ergothérapeute va pouvoir proposer des soins, des conseils et des activités éducatives.
L’ergothérapeute fait ainsi la jonction entre les besoins spécifiques d’adaptations du patient Dys et les exigences de la vie quotidienne, professionnelle ou scolaire.
L’ergothérapeute est un professionnel de santé paramédicale qui nécessite trois années d’études sanctionnées par un diplôme d’Etat en Institut de formation. Ce métier requiert des connaissances à la croisée de plusieurs domaines comme les sciences médicales, technologiques, humaines et sociales.
L’ergothérapeute exerce en cabinet libéral ou en institutions (centre de rééducation et de réadaptation fonctionnelle, hôpitaux, EPHAD, etc).

Quels types de difficultés amènent-elles à consulter un ergothérapeute ?
Les difficultés à :

  •   organiser et planifier une tâche ou une activité,
  •   tenir l’outil scripteur (praxie) et acquérir les différentes graphies,
  •   tenir des ustensiles divers (ciseaux, stylos , etc),
  •   devenir autonome dans les activités quotidiennes (habillage, repas, etc),
  •   s’orienter dans le temps ou/et l’espace,
  •   réaliser certaines activités comme les jeux de construction, de manipulation, de coordination d’habiletés, etc,
  •   varier les activités et gérer les phases de transitions. Cela génère une perte de repères et le patient se réfugie dans la routine.

 

La consultation, les conditions d’accueil et le suivi en ergothérapie
Les consultations peuvent se faire sur les lieux d’exercice du professionnel (cabinet privé ou institutions) mais aussi au sein de l’établissement scolaire ou au domicile du patient.
Ces consultations sont individuelles.
Depuis le printemps 2020, une autorisation de télé-soins, réglementée, permet à l’ergothérapeute de suivre ses patients à distance.
En principe, la durée de la séance peut être de 45 min à 1 heure. Leur fréquence est adaptable mais la séance est généralement hebdomadaire pour le public dyslexique.
Le devis précise le nombre de séances qui sera variable en fonction de la motivation, de la maturité, de la dextérité et des difficultés rencontrées par le dys. Une dizaine de séances en principe permettent de débuter et de lancer la réadaptation. Puis, la nécessité de poursuivre ou non est réévaluée ensuite en ajoutant un nombre de séances fonction des besoins du patient et des objectifs fixés dans le protocole de réadaptation.
Avant de débuter ses soins, l’ergothérapeute évalue les difficultés du dyslexique à travers les situations concrètes et observe là où elles retentissent (école, maison, travail). Ainsi, l’ergothérapeute peut prévoir des adaptations, comme un « Matériel Pédagogique Adapté » correspondant à un ordinateur et des logiciels spécifiques, et suggérer des exercices de réadaptations dédiés.
Ergothérapeute et dyslexie, une réadaptation spécifique :
Pour la dyslexie, l’ergothérapeute met en place un apprentissage de différents gestes techniques, liés à la tenue de l’outil scripteur, à l’utilisation de l’ordinateur qui vont permettre de compenser les difficultés qui empêchent la réalisation d’une tâche ou pour soulager les situations de double tâche.

Documents à présenter à l’ergothérapeute
Lors de la première visite, il faut présenter l’ordonnance du médecin traitant ou du spécialiste, ainsi que tous les documents qui permettent de définir la patient Dys :

  •   documents médicaux ou paramédicaux (carnet de santé, bilans antérieurs) et actualisés (orthophonique, ophtalmologique, orthoptique, auditif, de psychomotricité, psychologique)
  •   documents liés à la scolarité : cahiers, copie d’évaluations, le document rédigé du PAP ou du PPS ou GEVAsco.
  •   outils déjà mis en place le cas échéant.

Désert médicaux, délais d’attente
Les ergothérapeutes sont très inégalement répartis sur les territoires. Tous n’ont pas développé les outils pour accompagner spécifiquement les patients Dys. Pour obtenir les coordonnées d’un ergothérapeute aguerri, le mieux est de se rapprocher des réseaux de professionnels spécialisés dans les troubles Dys ou des associations de Dys. Les professionnels manquent même dans les zones urbanisées et les délais d’attente peuvent être longs. Il faut donc s’y prendre très à l’avance afin d’obtenir un rendez-vous pour un bilan d’ergothérapie. Cette profession est de plus en plus sollicitée notamment pour le suivi des personnes âgées. Comme pour les orthophonistes, le numerus clausus limite la formation à plus grande échelle et le déploiement territorial des spécialistes formés.

L’ergothérapeute et le psychomotricien, quelle différence ?
L’ergothérapeute est lui, le spécialiste des praxies (coordinations motrices volontaires, orientées vers un but et issues d’un apprentissage).
L’ergothérapeute prend en compte les possibilités d’adaptation de l’environnement en évaluant les moyens d’arriver à l’autonomie voire l’indépendance du patient Dys. Tandis que le psychomotricien focalise son attention sur le patient Dys dans son équilibre psycho-corporel. Ce professionnel évalue et tente de faire évoluer les interactions et les réactions dans l’environnement du patient Dys.
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L’ergothérapeute et le graphothérapeute, quelle différence ?
Le graphothérapeute est le spécialiste de l’écriture, il se focalise sur la rééducation des graphies, du geste graphique. Le graphothérapeute n’est pas reconnu comme un spécialiste parmi les professionnels de santé (paramédicaux). Sa prise en charge et son accompagnement ne sont donc en aucun cas remboursés par la Sécurité Sociale ou tout autre prise en charge par un organisme comme la CPAM, la MDPH ou l’Education nationale qui ne reconnaissent pas ce professionnel.
Mise au point sur une idée reçue, tenace. Il faut savoir (bien) écrire et même les enseignants militent pour que l’élève Dys écrive !
La graphothérapie
Si dans certains cas, le médecin peut conseiller en première intention de tenter la graphothérapie, il est choquant d’entendre dire qu’il faut toujours tester ce type de rééducation car les ergothérapeutes orientent trop systématiquement vers l’introduction de l’ordinateur.
Certains jeunes Dys passent par une rééducation en graphothérapie et arrivent à améliorer plus ou moins leurs graphies. Cependant, si l’écriture gagne en lisibilité, qu’en est-il :

  •   du geste graphique et des contraintes douloureuses qu’il impose ?
  •   de la vitesse d’écriture à l’exigence sans cesse relevée au fil de l’ascension scolaire ?

Lorsqu’il y a des difficultés dans la réalisation du geste graphique, le fait qu’il soit non automatisé impose une surcharge cognitive qui impose au patient Dys une concentration permanente. Dans ce cas, est-il vraiment nécessaire d’exiger un travail et un effort sur la graphie, si laborieux et coûteux pour le Dys, et ce à l’ère du numérique ? Collectivement, professionnels de santé, enseignants, parents, et parfois patients Dys, eux-mêmes, sont légitimes à s’interroger sur cette nécessité que l’on impose d’améliorer, d’apprendre à travailler les graphies. Cela pose la question des motivations profondes (esthétique, réactions liées au paraître et/ou à ce que l’écriture dit de ce que nous sommes et la place que nous occupons dans la société). L’écriture est une « trace visible » qui va incarner de plein fouet le handicap, la difficulté, la différence…Le parent ou la patient Dys peut avoir du mal à accepter ce qui le frappe de visu et que d’autres remarquerons…Pour peu que cela soit associé à une dysorthographie, cela peut être alors insupportable pour le dyslexique ou multi-dys. Le sentiment d’être dans une situation d’illettrisme prend le dessus.

Coût et prise en charge
Les séances d’ergothérapie ne sont prises en charge par la Sécurité Sociale que si elles sont effectuées dans le cadre institutionnel (hôpital, établissement spécialisé, hospitalisation à domicile). Comme la profession n’est pas conventionnée à l’Assurance Maladie, il n’y a aucune prise en charge financière, tout est à la charge des particuliers dans le cas d’un suivi en cabinet libéral.
Cependant, si le patient Dys bénéficie d’une reconnaissance de handicap effectuée et notifiée par la MDPH (Maison Départementale de la Personne Handicapée), elle peut faire une demande de prise en charge auprès de cet organisme. Dans ce cas, n’hésitez pas à demander un devis pour la réalisation d’un bilan et d’un suivi régulier. Cette démarche permet d’envisager par exemple, la réadaptation des graphies et/ou la mise en place et prise en main d’un ordinateur, l’apprentissage du clavier et la mise en pratique de certains logiciels adaptés.
Les aides financières peuvent être proposées sous certaines conditions d’acceptation du dossier par :

  •       la Maison Départementale des Personnes Handicapées (MDPH) demande de l’AEEH, (Allocation Éducation Enfant Handicapé) et la PCH (Prestation de Compensation du Handicap)
  •       la Caisse Primaire d’Assurance Maladie (CPAM) : demande de l’allocation de Secours en « Prestation légale » ou demande d’une allocation de Fond d’action sociale.
  •       les Mutuelles dont certaines prennent en charge un forfait ou une prestation pour des séances d’ergothérapie en fonction de la catégorie de votre adhésion (ex : Mutualité Sociale Agricole -MSA)
  •       les Entreprises privées, qui proposent, via leur service social, un remboursement total ou partiel sur présentation des factures d’ergothérapie, de la notification de la MDPH et la reconnaissance de handicap de la personne salariée ou bien d’un de ses ayants droits (conjoint, enfant).
  •       Le forfait précoce des Troubles neuro-développementaux des 0 – 7 ans voire 0 – 12 ans qui doit se mettre en place via la création de plateformes médicales. Il pourra permettre la prise en charge d’enfants pour poser un diagnostic et effectuer un suivi sur au moins une année. En octobre 2020, ce dispositif n’est en place qu’en Occitanie et son déploiement doit être étendu à l’ensemble des Territoires.

Ergothérapeute et dyslexie : le bilan d’ergothérapie
l’expertise et l’analyse ciblent l’écriture puisque dans le cas d’un patient Dyslexique, il s’agit d’un trouble du langage écrit !
Vérifications :

  •   de l’équilibre de la Station assise et de l’environnement impactant
  •   des aspects moteurs du membre supérieur dominant
  •   contrôle moteur du membre supérieur dominant
  •   habiletés fines sur le scripteur (crayon, stylo)
  •   du choix de l’outil scripteur, Choix du lignage (adaptation du support)
  •   du contrôle moteur du membre supérieur (non dominant)
  •   de l’apprentissage spécifique et l’automatisation des graphies
  •   de la coordination visuo-manuelle (parfois déficitaire chez le dyslexique)

Méthodes d’apprentissage en fonction du bilan ?
Il faut favoriser toutes les modalités sensorielles, verbales, kinesthésiques, visuelles en fonction de ce que fera ressortir le bilan.
La compensation de l’écriture sera évaluée pour déterminer son efficience, en particulier :

  •   sa lisibilité
  •   sa rapidité
  •   son automatisation

Et si l’écriture manuscrite n’est pas automatisée, l’enfant ne pourra pas être efficace lorsqu’il doit :

  •   être à l’écoute et réfléchir
  •   suivre en classe
  •   porter son attention aussi sur sa prise de notes
  •   être dans la double tâche

Dans le cas du patient Dyslexique, l’ordinateur est le matériel qui est proposé avec son lot de logiciels adaptés et ses périphériques.

Le Bilan d’ergothérapie pour le dyslexique : que contient il ?
Anamnèse
Cette partie doit regrouper les éléments recueillis auprès du patient et sa famille qui font état de son histoire de vie et son histoire médicale :

  •   conditions de grossesse et d’accouchement,
  •   suivi et de particularités depuis la naissance,
  •   évolution des apprentissages et la scolarité,
  •   contexte familial (existence éventuelle de cas similaires au sein de la famille),
  •   apparition des symptômes et leur gravité,
  •   gestes de la vie quotidienne (habillage, laçage, etc)
  •   loisirs (nage, sports, jeux, musique, etc)
  •   éventuel traitement ou suivi médical en cours.

Il s’agit d’une étape déterminante en vue d’appréhender le diagnostic. Plus cet entretien sera précis et efficacement mené, mieux le professionnel de santé pourra cerner la situation et privilégier certaines pistes. L’anamnèse permet à l’ergothérapeute de cibler les tests à effectuer. Combinée aux résultats des tests, elle guide vers un diagnostic ou vers la préconisation de la consultation d’autres professionnels de santé. Il sera indiqué les conditions de passation des tests du bilan (la durée, le comportement du patient, les faits marquants).
Sur quoi vont porter les observations et les tests du bilan d’ergothérapie ?
– Le graphisme et l’écriture
– Les analyses

  •   de la position spontanée
  •   de la tenue du scripteur
  •   du graphisme (type de dessin, maturité, rapport à la classe d’âge, proportions, utilisation ou non des couleurs, précisions du dessin, etc)

– L’écriture :

  •   en situation de copie (préciser sur quel support et avec quel outil scripteur)
  •   en répétition de mots (vitesse, précision et qualité du geste et qualité de l’écriture)
  •   l’évaluation quantitative du graphisme : vitesse d’écriture, traitement visuel, paragraphes auto correction ou rétro contrôles,
  •   les encodages (mémorisation d’un nombre de lettres à préciser, difficultés éventuelles du geste, etc.)
  •   l’automatisation de l’écriture ?
  •   la qualité de l’écriture (lisible ou non, variation de hauteur des lettres, taille et régularité de l ‘écriture, etc.)
  •   la vitesse d’écriture
  •   la posture, position du membre secondaire, position et mouvements des doigts

En conclusion, comment définir le côté fonctionnel du geste graphique ?

  •   Observation neuro-visuelles et visuo-spatiales
  •   Test de développement de la perception visuelle qui évalue la coordination œil-main, la copie, la relation spatiale, la rapidité visuo-motrice; la perception visuelle (position dans l’espace, etc.) indication des stratégies mises en place éventuellement par le patient.
  •   Fonctions exécutives/attention : par ex. test d’attention visuelle
  •   Praxies constructives : tests des cubes
  •   Fonctions sensorimotrices
  •   Motricité fine
  •   Imitation de position des mains
  •   Mise en situation avec certains ustensiles (ex : découpe avec ciseaux)

Comment devenir ergothérapeute ?
L’ergothérapie, une discipline médicale centrée sur le rétablissement, l’adaptation et la prévention, attire de plus en plus ceux qui souhaitent améliorer activement la qualité de vie des patients. Ces professionnels s’investissent pour aider chacun à retrouver son autonomie malgré des limitations physiques ou mentales. Mais comment accéder à cette profession exigeante et gratifiante ?
Tout futur ergothérapeute doit suivre un cursus universitaire spécialisé. En France, une formation de trois ans au sein d’un Institut de Formation en Ergothérapie est nécessaire. Cette formation, accessible après réussite à un concours d’entrée souvent exigeant, permet d’acquérir les compétences cliniques et théoriques essentielles à la pratique de cette profession. Pendant cette formation, les étudiants se familiarisent avec les techniques de rééducation, l’évaluation des besoins des patients, ainsi que les méthodes de conception et d’adaptation d’équipements spécifiques.
La pratique et la théorie s’entremêlent harmonieusement à travers les modules. En effet, la formation théorique est constamment enrichie par des stages cliniques. Ces expériences permettent aux étudiants de plonger dans le milieu professionnel, de confronter leurs connaissances à la réalité du terrain et d’améliorer leurs compétences pratiques.
Une fois diplômé, l’ergothérapeute peut choisir de travailler en libéral ou de rejoindre des structures telles que les hôpitaux, les cliniques de rééducation, les établissements pour personnes âgées ou les centres spécialisés pour enfants. Son rôle consiste alors à évaluer les capacités et les limitations de ses patients, à élaborer un plan de traitement personnalisé et à mettre en œuvre les interventions nécessaires pour favoriser l’autonomie de chacun.
La formation initiale pour devenir ergothérapeute est indéniablement cruciale, mais l’ergothérapie est un domaine en constante évolution. Tout au long de leur carrière, ces professionnels sont encouragés à poursuivre leur formation, à se familiariser avec de nouvelles techniques et à se tenir informés des avancées de la recherche. C’est cette quête inlassable de connaissances et de compétences qui fait de l’ergothérapeute un acteur essentiel dans la prise en charge multidisciplinaire des patients.

En conclusion
Il faut inclure des propositions de prise en charge et un protocole d’apprentissage de l’utilisation d’outils spécifiques de réadaptation.
L’intervention de l’ergothérapeute dans le parcours du patient Dyslexique est le plus souvent synonyme de la mise en place de l’ordinateur. Si cet outil est intéressant voire indispensable, il peut faire l’objet d’un rejet de la part de certains jeunes, notamment à la période de l’adolescence. 
En effet, l’introduction de l’ordinateur en classe est polluée par l’acceptation du regard des autres et le fait que l’élève Dys se sent différent de ses pairs. Parfois, il ne peut supporter cette situation. 
Combien d’ordinateurs restent-ils dans leur sacoche, sacrifiés sur l’autel du paraître ? N’est-il pas préférable d’anticiper l’introduction de cet outil en amont de l’adolescence ?
La dyslexie est censée être invisible. Mais avec un ordinateur ce n’est plus le cas… Pourtant, la généralisation de la mise à disposition pour tous les élèves de matériel informatique est une autre solution dont on peut profiter.
Les suivis, en général à l’adolescence, complètent la mésestime des patients qui se traduit par un sentiment d’exclusion. Le fait de proposer, lors de la mise en place de l’ordinateur et de logiciels adaptés, des séances entre adolescents Dys peut être stimulant et encourageant. Ils réalisent qu’ils ne sont pas seuls, qu’ils peuvent échanger sur leurs pratiques et leur ressentis, etc. Entre pairs ou bien avec quelques différences d’âges, les plus jeunes découvriront l’espoir suscité par les plus âgés qui eux se sentiront valorisés. Chacun repartira motivé.
Bien entendu, il n’est pas question de faire de l’introduction précoce de l’ordinateur une règle. Il faut examiner au cas par cas, selon les difficultés et les besoins de la personne, de sa motivation et de sa maturité. Ergothérapeute et dyslexique doivent avancer ensemble pour trouver outils et adaptations qui permettront de limiter l’impact de la dyslexie. Il est vivement conseillé de faire appel à un professionnel capable d’analyser la situation et d’être à l’écoute du patient Dys et de son entourage.
Sites ressources :  http://www.anfe.fr/l-ergotherapie/la-profession

 

 


 

 


 

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